domingo, 7 de outubro de 2012
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade. Mário Quintana
Me liga no meio da madrugada e diz que sua cama ta gelada e vazia sem mim. Me liga no inverno reclamando do frio e me convidando pra te aquecer. Me liga falando que só queria ouvir minha voz. Me liga qualquer hora, qualquer dia, qualquer mês. Me liga hoje. Só me liga. Vai que de tanto ligar, você acabe se ligando em mim.
Por que você se afastou? Eu te disse desde o primeiro momento que eu não era uma pessoa fácil de lidar. Eu te contei sobre os meus defeitos, sobre minha arrogância, minha grosseria, minha falta de jeito, sobre as minhas manias. Mas você disse que não importava, que nada disso importava. Você prometeu não desistir de mim, me fez acreditar que sempre estaria ao meu lado. Então te pergunto, aonde está você? Aonde estão as tuas promessas? Querido John
Eu gosto assim, desse jeito. Gosto dessa nossa relação que o tempo construiu. Gosto dessa sua tentativa frustava de me fazer sentir ciúmes e vice-versa. Gosto do jeito que nos gostamos. Nunca dizemos “eu te amo” um para o outro, mas sei que existe muito sentimento atrás de todos aqueles “chato”, “bobo”, “irritante”, “insuportável”… Gosto de ser amigo, namorado, confidente e por que não amante? Seu amante. Não precisamos fazer juras de amor. Não precisamos de palavras que o vento pode levar. Não precisamos de promessas que não serão cumpridas. Precisamos um do outro. Precisamos dessa nossa química. Desse nosso jeito estranho de demonstrar afeto. Querido John
Hoje eu quero sorriso, alegria, intensidade. Quero frases clichês, quero ser o tudo de alguém. Hoje eu quero mais e mais. Quero dançar, correr, gritar. Hoje eu quero frio, cinema e pipoca. Quero você, beijos, abraços, carinhos. E por alguns instantes quero acreditar que não existe distância. E que tudo é possível quando o amor vale a pena.
Sei la, desisto. Desisto de tentar me expressar, passei da fase em que meus pensamentos e sentimentos eram compreendíveis, hoje, nada mais faz sentido, e tentar explicar é inútil. De certa forma, parte de mim se perdeu, a outra se confundiu e o que sobrava, quebrou-se, ou seja, sou um amontoado de destroços, sujeira e bagunça.
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