terça-feira, 27 de agosto de 2013
Eu passei o dia todo pensando em você. E pensei tantas coisas, idealizei tantos momentos de nós dois juntinhos. Pensei em como seria se você morasse perto de mim, do lado da minha casa. Sem distância nenhuma pra impedir que eu te visse. Imaginei você vindo à minha casa, em um dia da semana. Eu abriria a porta e te abraçaria bem forte, sem te soltar. Ficaríamos alí por alguns minutinhos. Você me olharia sem reação, só me abraçaria também. Entraríamos e ficaríamos jogados no sofá vendo sessão da tarde. Iria estar passando seu desenho favorito, e iríamos parecer duas crianças rindo do filme. Eu te morderia, e você sorriria dizendo que minha mordida doeu. Te chamaria de idiota, imbecil e irritante. E você ia retrucar. Nos irritaríamos de todas maneiras, você me jogaria no chão me enchendo de cócegas, eu iria chorar de rir tentando me soltar. Jogaríamos vários jogos e você iria perder em todos. Tomaríamos banho de piscina e eu jogaria água na sua cara, depois te abraçaria alí mesmo e olharia no fundo dos seus olhos sem dizer nada. Você ficaria na minha casa o dia todo, não fazeríamos nada, só iríamos estar juntos. Quando ficasse de noite, correríamos pra cozinha fazer brigadeiro. Sujaríamos a cozinha toda e minha mãe reclamaria depois de toda essa bagunça. Mas, não ligaríamos. Você me ajudaria a limpar depois sem reclamar. Sentaríamos no sofá com a panela de brigadeiro na mão e duas colheres. Eu sujaria seu rosto de brigadeiro e depois beijaria pra limpar. Assistiríamos a um filme de comédia romântica, dizendo que os principais do filme era eu e você. Eu iria te irritar, mexer no teu cabelo e bagunçar. Iria te morder, mas depois te mimaria. Te colocaria entre meus braços fazendo você deitar no meu colo. Mexeria no seu cabelo bem de leve, e sussurraria que você me faz um bem danado. Imaginei também, se fossemos namorados. Andaríamos de mãos dadas por aí. Eu pararia no meio da rua e te daria um beijo bem demorado. Faria questão de te apresentar pra todos os meus amigos, me gabaria dizendo que você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Que eu tenho sorte em ter você. E todos que perguntassem se estávamos namorando, eu iria dizer com um sorriso enorme que sim. Viajaríamos juntos, deixaríamos um bilhete na geladeira dizendo que fomos viajar e ficaríamos alguns dias fora de casa. Iria ser só eu e você. Sem ninguém. Eu imaginei um jantar em família, a minha e a sua juntas na mesa. Eu te apresentaria meus pais e você apresentaria os seus. Faríamos todas as coisas clichês que um casal faz. Você dormiria na minha casa e eu dormiria na sua casa também. Eu iria te beijar a hora que eu quisesse, eu saberia que você me pertenceria. Eu não me cansaria de te dizer várias vezes ao dia que eu te amo. Mas também eu iria continuar te irritando, te chamaria de “meu amor” mas não iria deixar de te chamar de “idiota”. Eu te consolaria se algo te deixasse triste, eu te daria o meu ombro pra você chorar se algo te afetasse. Se você estivesse mal e me ligasse no meio da noite eu iria correndo. Não importaria que horas seriam, eu iria te ver e te fazer ficar melhor. Você seria a melhor pessoa que eu conheci na minha vida. Mesmo que muitas vezes eu ficasse triste com você, ainda assim você seria a pessoa que iria me fazer feliz. Só você. Além de namorados, seríamos amigos também. Você iria me trollar quase todos os dias e eu te daria o troco. Comemoraríamos meses e alguns anos de namoro. Nossa família iria se acostumar com você abrindo a geladeira e eu na sua casa deitada no sofá. Eu imaginei que, pudéssemos casar. Casaríamos na praia, todo mundo de branco e com um chinelo havaianas no pé. Trocaríamos as alianças e correríamos para o mar, pulando as ondas de mãos dadas. Sairíamos pra Lua de Mel e na volta, compraríamos o nosso apartamento. Continuaríamos sendo aqueles dois idiotas, que se irritavam, que discutiam, mas que eram loucos um pelo outro. Eu brigaria com você por ter deixado a toalha molhada em cima da cama, você sairia andando sem dizer nada e eu iria atrás te xingando de tudo. Brigaríamos por coisinhas bobas, e discutiria contigo dizendo: “Mas amor, hoje é meu dia de amar mais.” E no meio das nossas brigas, nos beijaríamos e cairíamos na nossa cama. Compraríamos um cachorro que iria bagunçar a casa toda e dormir com a gente na cama. Você ia conseguir um emprego, eu iria estar terminando minha faculdade. Dividiríamos uma vida juntos. Você me conheceria mais do que eu mesma, e eu te conheceria mais do que você mesmo. Eu te cuidaria como ninguém nunca te cuidou algum dia, se você ficasse doendo eu te daria remédio e levaria comida na cama pra você. Eu te abraçaria forte no meio da noite se você tivesse um pesadelo, e só iria dormir se você dormisse primeiro. Você iria me dar seu colo quando eu não estive nos meus melhores dias. Eu secaria suas lágrimas se você ficasse triste. Aliás, eu nunca te deixaria ficar triste. Me transformava em um palhaço, faria tudo que pudesse arrancar de você uma gargalhada. Você só iria chorar se fosse de rir das cosquinhas que eu fizesse em ti. Eu lembraria com você de todos os momentos que passamos juntos, de todas as dificuldades que passamos pra ficarmos juntos. Eu te lembraria todas as manhã antes de você ir trabalhar que eu te amo, eu te mandaria várias mensagens bobinhas dizendo que você é um idiota, mas eu amo você. Eu te lembraria todas as noites que você foi e é a melhor coisa que me aconteceu. E que você pertence só à mim. Eu pensei tudo isso, pensei em você, pensei em nós, e acredite, eu sorri imaginando cada um desses momentos com você.
Eu não sei o que vi em você, só sei que vi. Vi o que ninguém mais conseguiu ver, fui além do que os olhos mostram. Não estou dizendo que você é perfeita, porque não é. Seu egoísmo, seu individualismo, seu jeito de se privar de todo o resto. Mergulhei fundo, descobri cada detalhe seu e cada defeito, mas me apaixonei por eles também.
Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se
esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem
que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do
sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor,
aquele lá, que a gente não alcança mais. Ana Jácomo.
Sou assim. É, desse jeito mesmo. Não consigo ficar com o pé atrás com ninguém. Não sei fazer elogios que são falsos. Não nasci para puxar o saco de alguém, muito menos ser baba-ovo. Falo na lata, digo na cara. Não faço joguinho, nem fico mandando recados. Falo o que eu sinto. Eu sinto demais. Vivo para sentir. Vivo demais. Sou exagerada mesmo. Dramática ao cubo. Mas eu sinto, sinto de verdade. Me jogo mesmo. Simplesmente porque não consigo ser mais ou menos. Consigo ser ou não ser (eis a questão?). Estar ou não estar. Amar ou não amar. Não gosto de dúvidas e sim de certezas. Clarissa Corrêa
Às vezes, só às vezes, bate aquela vontade de está longe daqui. E não é uma vontade qualquer, é que chega uma hora que cansa. Importar demais, amar demais, querer demais e conseguir de menos, é mínimos detalhes que desanima qualquer ser. Nem sempre estamos preparados para ouvir um não, e na maioria das vezes é melhor ouvi lo, do que sofrer com um “sim” mal dito.
Eu só queria que tu soubesse que eu não vou sair de você. Vou me grudar nas tuas músicas, colar nos teus filmes, dar as caras nos personagens dos teus livros, aparecer de surpresa nas suas conversas com outras pessoas, inevitavelmente você vai me comparar com todo mundo e, por fim, vai perceber que não tem melhor que eu. Vai enfiar sua língua em outras bocas pra me esquecer, vai se agarrar com alguém pelos banheiros pra não lembrar de mim, vai virar cinco doses seguidas de tequila e mesmo assim isso não vai te dar a capacidade de sequer confundir meu nome com outro. Vou permanecer nos seus beijos, amassos, ressacas, vômitos e dores de cabeça. Você querendo ou não. Juro. Vinícius Kretek
As flores são sim muito perfumadas, eu até gosto do cheiro delas, cada uma com sua essência única, sou até capaz de distingui-las apenas pelo seu perfume, pensei até que nunca me confundiria, mas um dia isso aconteceu, confundi Rosa com Petúnia isso se passou quando você me abraçou num jardim, nada nesse mundo chega perto de se igualar a sublime fragrância da sua pele.
Não sei se consigo perdoar. No fundo ainda me culpo. E acho que a gente sempre se culpa por uma coisa ou outra. Não sei se consigo perdoar o outro. É difícil. Tem coisa que não dá pra esquecer. Algumas cenas ficam na memória. A gente consegue ouvir direitinho a voz da outra pessoa dizendo aquele bando de palavras ruins. E aquilo fica ecoando na cabeça, maltratando o coração. Mesmo que eu diga tudo bem, você está perdoado, vou carregar tudo na lembrança. E vez ou outra a bagagem pesa demais, é preciso parar, descansar, tomar uma água e continuar. É preciso dar um tempo. Ele, o famoso tempo, aquele cara que ninguém gosta, mas que feliz ou infelizmente cura tudo. Tudo mesmo. Clarissa Corrêa
Duro processo enfrentam as borboletas até chegar a sua parte bela. Não somos tão diferentes. A questão é que isso é o ciclo da vida das borboletas, não uma escolha. Pra nós, é uma opção. E infelizmente mesmo através das dores, quedas e transformações na vida, alguns preferem continuar no casulo, e não alçar novos voos.
Vou te roubar pra mim. Te pegar pelo braço e te levar pra longe, onde só haja eu e você. Te contar meus medos e defeitos, e deixar que você descubra minhas qualidades, de um modo que se apaixone mais por mim. Te contar que meu maior medo é te perder. De não ser o que você não precisa, de não ser o bastante pra você. Dizer-te que não sou egoísta, mas quando se trata de você, eu passo a ser. E se tiver paciência te conto minha história e te deixo contar a sua. Seremos um do outro, um pro outro. Seremos eternamente nossos.
Eu escolheria você toda vez que me perguntasse o que eu mais desejo. Eu escolheria seu sorriso entre tantos, porque eu não sei o que vi nele, mas é o seu sorriso que me faz sorrir também. Me faz bem. Eu escolheria a sua companhia se todos sumissem, eu só ia querer estar com você, eu só iria querer estar ao seu lado. Eu escolheria passar o resto dos meus dias com você, eu não ligaria se essa fosse a minha sentença. Eu escolheria perder toda vez no videogame pra você, só pra ouvir o som da sua gargalhada rindo por que eu perdi. Eu escolheria o seu colo pra ser meu travesseiro, eu iria deitar em ti e fechar meus olhos. Sem pensar em nada. Só iria sentir o nosso momento juntos. Eu escolheria seus braços pra ser meu cobertor em um dia frio. Eu escolheria seu cafuné. Só o seu. Mesmo que você diga que não sabe dar cafuné direito, é o seu que eu escolheria mesmo assim. Eu escolheria você, entre tantas outras pessoas no mundo, é você que eu iria escolher. Porque foi você que me conquistou, não sei direito o que me fez te amar. Não sei como e o porquê de você ter entrada na minha vida. Eu só fui me dar conta que estava amando você quando a primeira coisa que eu fazia ao dormir e acordar era pensar em ti. É por isso que eu escolheria você entre tantas opções que me dessem. Eu escolheria seu perfume, mesmo tendo vários outros, vai ser o seu cheiro que eu iria escolher. Eu escolheria entre tantos abraços, o seu. Porque é no seu abraço que eu gostaria de morar. Eu escolheria passar um dia todo ao seu lado, só um dia que seja. Eu escolheria você pra chamar de “amor da minha vida.” Eu escolheria você pra ser a pessoa que eu iria acordar com um beijo de bom dia, a pessoa que eu iria levar café da manhã na cama sem reclamar. Eu escolheria você pra construir uma família. Pra ter filhos. Pra ter cachorros. Pra ter a nossa casa. Eu escolheria o seu olhar entre vários, porque é no seu olhar que eu me perco. É olhando pra você que os meus olhos brilham. Eu escolheria seu beijo entre tantos. Eu escolheria sua boca. Seus lábios. Suas carícias. Seus carinhos. Eu escolheria você pra apresentar pra minha família. E sabe todas essas frases clichês de casais? Eu escolheria você pra dizê-las. Eu escolheria você pra dividir uma panela de brigadeiro. Eu escolheria você entre milhões de pessoas. Porque ninguém seria igual a você. Por isso eu te escolheria entre tanta gente, porque eu saberia que ninguém iria me fazer bem como você me faz. Eu escolheria suas piadas (que você nunca sabe contar direito) toda vez que eu quisesse rir. Eu escolheria seus defeitos, mesmo que me irrite, mesmo que muitas vezes me magoe, eu escolheria mesmo assim. Eu escolheria suas caretas, suas manias, suas birras, seus mimos, suas crises, seu dengo, seu ciúme. Tudo, tudo. Se eu pudesse escolher alguém, eu escolheria você.
Assim como nasceu meu amor por você, também morreu. De uma maneira ridícula. Eu lembro bem, cheguei na sua casa atrasada, perfumada e sem grandes intenções. E você me recebeu suado e sem graça porque, afinal de contas, era tudo mentira que sabia cozinhar. Pra piorar, a pizza chegaria em instantes, mas seu interfone estava quebrado. Você me olhou como uma criança que é pega fazendo arte e eu te amei loucamente. Naquele segundo, a chavinha virou pra direita e catapuft: te amei absurda e infinitamente. Eu tinha motivos reais, palpáveis e óbvios para te amar. Você é bonito, seu abraço é quente, seu sorriso tem mil quilômetros iluminados, seu humor me faria rir 100 encarnações e você é bom em tudo, mesmo não querendo ser bom em nada. Seu coração é gigante, tão gigante que você, por medo, prefere a superfície. Mas eu te amei, mesmo, por causa daquele segundinho, o segundinho que a chavinha virou para a direita. O segundinho da pizza e do interfone. E assim foi por quase dois anos. Eu me perguntava quando isso teria fim. Motivos profundos, nobres e óbvios para deixar de te amar também não me faltaram, mas nenhum deles foi suficiente ou funcionou. Você acompanhou com olhos humildes e humilhados todos os passos da sua ex naquela festa e eu continuei te amando. Você confundiu Chico com Vinicius e eu continuei louquinha por você. Você tinha aquele probleminha de não segurar o prazer e meu maior prazer sempre foi qualquer segundo ao seu lado. Você me largou sozinha naquele hospital, com a minha mãe sem saber se tinha ou não metástase, e foi para a praia com seus amigos bombados. E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa, do seu carro, da sua vida, da memória do seu computador, do seu celular e do seu coração. Você me deletou. E eu passei quase um ano quietinha, te esperando, rezando pra Santo Antônio te ajudar a ver que amor maior no mundo não poderia existir. Eu segui amando e redesenhando cada dobrinha da sua pele, cada cheiro escondido dos seus cantinhos, cada cílio torto, cada risada alta, cada deslumbre puro com a vida, cada brilho nos olhos quando o mar estivesse bonito demais. Cada preguiça, cada abandono, cada estupidez, cada limitação, cada bobeira. Amava seus erros assim como amava os acertos, porque o que eu amava, enfim, era você. CATAPUFT! E eu me perguntava, quase já sem agüentar mais, sem entender tamanha entrega burra, quando isso finalmente teria um fim. Quando minha coluna ia voltar a ser ereta, minha cabeça erguida e meus passos firmes? Quando eu iria superar você? E foi assim, sem avisar, por causa de um segundo sem grandes enredos, que a chavinha, catapuft, fez meia volta e virou para a esquerda. Me devolvendo a mim, me devolvendo à vida. Dissolvendo você no ar, trazendo cores, cheiros e possibilidades de volta. Matando o homem que eu mais amei na vida bem na noite de Natal. Enquanto todos comemoravam o nascimento de Deus, eu comemorava a sua morte. A morte de quem e para quem eu já tinha sido mais fiel, refém, escrava e discípula do que para qualquer outro deus. Era véspera de Natal e você me ligou. Meu coração se encheu de esperança, de pureza, de fé, de alegria. Do outro lado, sua voz nasalada e banal me disse, assassinando meu coração e se suicidando na seqüência: essa ligação não é uma recaída natalina, não, é apenas porque eu tava aqui, sem fazer nada, e pensei… quer trepar? Catapuft. Não, eu não quero trepar. Mas quer saber? Eu também não quero mais te amar. O menino da pizza e do interfone virou um homem solitário, infeliz e descartável. Catapuft. Pode parecer loucura, mas tirar você do meu peito foi o meu melhor presente que já ganhei. Tati Bernardi.
Não te liguei mais, porque ouvir sua voz nunca mais será como ouvir a sua voz. Não te escrevo porque nada mais tem o tamanho do que eu quero dizer. Nenhum sentimento chega perto do sentimento. Nenhum ódio ou saudade ou desespero é do tamanho do que eu sinto e que não tem nome. Não sei o nome porque isso que eu sinto agora chegou antes de eu saber o que é. Acabou antes do verbo. Ficou tudo no passado antes de ser qualquer coisa. Tati Bernardi.
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