sábado, 21 de setembro de 2013
Só liguei pra te lembrar que realmente foi amor, e se terminou, talvez a vida tenha sido um pouquinho injusta com a gente. Eu queria te fazer feliz novamente, e te encontrar pelo caminho sem precisar me esconder. Não queria que ficasse apenas em nossas memórias os momentos que estamos abrindo mão, o futuro é incerto, mas os nossos erros ainda podem virar passado. Não quero ficar mais tempo com esses pensamentos, daqui dois meses já terá virado um feto, e esse filho eu não quero, mas ele cresce e pesa na mente. Nós o carregaremos por um longo tempo. Eu queria muito te dizer que a vida é curta, daqui uns anos iremos acordar arrependidos por não termos feito muitas coisas, mas eu continuarei dormindo e torcendo pra que você ainda pense na gente quando coloca a cabeça no travesseiro. Queria te dizer que você foi minha maior loucura, meu maior desejo, porém, a minha pior lição, pois a vida não me deu borracha pra corrigir as falhas. Projetos que poderiam ter sido perfeitos, tornaram-se rabiscos. Eu só liguei pra dizer que continuei olhando as fotos e até escutando suas músicas enquanto você se esquivava. Você não pode me culpar por esse telefonema, pois a saudade me ligou primeiro e sussurrou de maneira doce que algo faltava.
Vou contar o que ela vê nele: Ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros. Agora vou contar o que ele vê nela: Ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda. Martha Medeiros
Para vocês mulheres que desacreditaram dos homens, nem venham dizer que príncipes encantados não existem, pois eles existem, eles só não vem mais com uma roupa de galã branca em um cavalo branco, os príncipes encantados, são aqueles caras que dormem e acordam pensando em vocês, pensando em uma forma de fazer vocês felizes por mais uns dias, pensando em arrancar um simples sorriso… Tati Bernardi
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