sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Abraço é coisa tão séria que não se empresta, se dá. E quando os corpos se encostam, todos os chakras se tocam. Abraço é coisa tão séria que junta os dois corações: pode ecoar para sempre ou esvaziar por inteiro. Pois quando a gente abraça, traz para dentro a pessoa: com bagagem, passado, infância, viagens e o principal: seu perfume espiritual. E o que recebemos nem sempre é o que damos, por isso alguns são afagos que nutrem por um longo tempo e outros, desespero pra matar a fome, um devoramento. Recuso abraçar levianamente, abraço com meu enrosco de afeto demais, amor puro, corpo colado para o abraço ser sentido, ter sentido. Abraço que é de verdade pode até ser dado de longe, pois ultrapassa as esferas e desconhece distâncias, é todo feito de encontro. Abraço é coisa tão séria que há de ser doce, leve, divertido, espontâneo, mesmo quando acalanto, colo ou celebração. A gente agarra por impulso de carinho porque a sintonia é a mesma. E quando o abraço termina, quando ele é dado de graça, fica a cosquinha no peito, uma brisinha na alma e a harmonia instalada. Marla de Queiroz
A criatura tem 99,9% de chances de chorar; 80% de
chances de chorar de tristeza; 90% de chances de chorar de medo; 100% de
chorar sem saber porquê; 200% de chances de ter um momento luminoso de
alegria; 100% de vocês não conseguem esquecer algo que perderam no
passado; e 50% lembram dessa perda todos os dias. Pedro Bial
É natural que garotos e garotas saiam pra noite
querendo se dar bem, conhecer pessoas, ter uma história, um romance, uma
ficada, duas ficadas, três ficadas, quatro ficadas… Esquece, a partir
daí já não acho natural coisa nenhuma. Acho um desperdício de energia.
Pegar quatro caras. Pegar cinco minas. A gente está falando de quê, de
catadores de lixo? Parece. Martha Medeiros
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