quarta-feira, 3 de julho de 2013
Aos poucos, os pensamentos amontoados na cabeça vão se acomodando, bem ou mal se encaixam uns nos outros, e é um consolo quando cessa o atrito dos pensamentos, e vai se fechando a cabeça, apertando-se nela mesma, a cabeça restando como que oca por fora. O sono chega como um barco pelas costas, e para partir é necessário estar desatento, pois se você olhar o barco, perde a viagem, cai em seco, tomba onde você já está. Chico Buarque
E sabe, tenho medo de cair na rotina. Aquela coisa ordinária de acordar, envelhecer a alma a cada segundo que passa e voltar a dormir com aquele arrependimento de não ter sentido pelo menos um frio na barriga. Me atormenta o pensamento de que a vida passou e eu só quis que ela voltasse. Pedro Cabral
“Todo menino quer ser gente grande, todo adulto quer ser criança, toda flor quer ser passarinho, toda jaula quer ser de papel. O hoje quer voltar a ser ontem, o ontem quer ver o amanhã, amanhã quer esquecer de tudo e o tudo inveja o nada, que nada tem para se preocupar, nada tem para entender, nada em direção a nenhum lugar, nada de mar em mar. A fé quer ser verdade e a verdade quer ser provada, porque verdade é só palavra que a boca teima em não dizer. Se tudo fosse o que quisesse ser, a tristeza seria alegria, a distância seria uma curva e a saudade seria você.”
Ela tem uma bunda maravilhosa. Mas, sério. Eu gosto quando ela adormece no sofá e depois faz manha para ir deitar na cama. Aí eu a pego no colo, tiro cada peça de roupa, exceto a calcinha e as meias. Ela sente frio nos pés, até no verão. Não sei, eu me sinto poderoso e acolhedor. Então ela pede que eu a abrace de conchinha, ao menos até pegar no sono. Cara, eu odeio dormir de conchinha, detesto aqueles fios soltos de cabelo pinicando meu nariz. Mas adoro o cheiro que ela tem na nuca e ficar colado naquela bunda. Não sei como resolver isso. Gabito Nunes
Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foi o jeito de escrever, ou de se vestir. Foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi amor. É amor. Tati Bernardi.
Assinar:
Postagens (Atom)