quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Já desisti do que foge do meu alcance. Procuro dar o máximo de mim em cada situação, mas se o negócio emperrou, se a chave não gira, se a mula não anda, se vaca está indo para o brejo simplesmente deixe ela ir. Deixe. Largue de mão, pois às vezes a vida precisa mesmo virar do avesso. Não tente impedir que o mundo desabe. Deixe ele desabar, deixe os caquinhos se espatifarem no meio da sala de estar, deixe o gelo derreter, o bolo desandar, a canoa virar. E aprenda que muitas vezes o importante é se deixar desconstruir para depois fazer as coisas de outro jeito, mais fortes, melhores. Clarissa Corrêa
Fico pensando onde está você e se você estaria pensando em me encontrar. Como sou, onde estou e onde quero chegar; como sou, como é que vai ser e onde vou te levar. Mas se você me ver pode acenar pra mim, já pensou que louco te encontrar assim? Eu vou na boa, eu vou na fé, eu sei que vou te encontrar e quando eu te encontrar nós vamos comemorar. Charlie Brown Jr
Existe um sentimento que vai além de qualquer dor, ele é profundo. Chama-se saudade. Machuca. Nos faz reféns. Mexe com nossa cabeça. Tentamos fugir, mais ele nos puxa pra mais perto. Vive dentro de nós e nos consome cada vez mais. Ele nos aprisiona, nos deixa loucos, e nos tornamos apenas humanos nostálgicos.
Entenda, eu não odeio o amor, ou o apedrejo. Eu gosto de amar e ser amado, gosto de cafuné e todas essas pragas dos apaixonados. O problema maior é que em tudo que eu já me envolvi com o amor teve como resultado sofrimento e de um tempo pra cá decidi uma coisa: não sofrer mais, mesmo que seja preciso ser frio e agnóstico. Percebi que não tenho que correr atrás, o que é meu um dia chega.
É bom estar ao seu lado, nós nos divertimos juntos, adoro o seu abraço, gosto de ficar pertinho, ouvir sua voz ao telefone, fazer coisas simples e bobas como olhar no fundo dos olhos, ganhar um pedaço de lasanha do seu garfo, sentir seus dedos ajeitando aqueles fios de cabelo que insistem em atrapalhar a minha visão e te ver de forma inteira, completa. O meu sentimento não precisa de nome, só precisa ser verdadeiro, assim como o seu. Clarissa Corrêa
Acho graça quando você fala aquelas coisas. Você me vê de um jeito que não consigo entender. Me acha mais bonita do que realmente sou. Me acha mais inteligente do que sou. Me acha mais forte do que sou. Me acha mais incrível do que sou. Desculpa, não quero te decepcionar, mas não sou tudo isso. Sei que você conhece meus defeitos, minhas falhas. Mas não entendo como essas coisas não te abandonaram com o passar dos anos. Clarissa Corrêa
Eu achei por um longo tempo que eu era muito feio para as mulheres e então descobri que elas são bem fortes. Se você tem algo para dar a elas, como seus sentimentos… as mulheres são tão fortes. Elas não se importam se você tem um braço ou cinco dedos faltando ou se há sangue saindo do seu nariz. Se você apenas… Charles Bukowski
Ciúme não é ex. Saudade não é ex, tampouco amor. Mas a vida da qual abrimos mão por um sonho (ou por um erro) é passado. E de escolhas e de perdas é feita a nossa história. Não há nada que se possa fazer a não ser carregar por um tempo um peso sufocante de impotência: eu escolhi que aquele fosse o último abraço. Agora é outra que se perde em ombros tão largos, tomara que ela não se perca tanto ao ponto de um dia não enxergar o quanto aquele abraço é o lado bom da vida. Da vida que te desemprega mesmo depois de tantas noites em claro e de tantos beirutes indigestos. Da vida que te abre uma porta que você jura ser a certa mas quando resolve entrar descobre duas crianças brincando na sala e uma mulher esperando no quarto. Da vida que te confunde tanto que você quer se afastar de tudo para entendê-la de fora. Da vida que te humilha tanto que você quer se ajoelhar numa igreja. Da vida que te emociona tanto que você não quer pensar. Da vida que te engana. Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo. Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não amavam os amigos acima de, não espirravam de uma maneira a deixar um fio de meleca pendurado no nariz, não usavam cueca rosa, não cantavam tão mal e tampouco cismavam de imitar o Led Zeppelin, não tinham a mania de aumentar o rádio quando eu estava falando, não ligavam se eu confundisse italiano com espanhol e argentino, nomes de capitais, movimentos artísticos, datas de revoluções e nomes de queijo, era ele que eu amava, era ele que eu queria. Tati Bernardi.
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