domingo, 28 de abril de 2013
Eu só quero isso. Alguém que chegue, me faça rir, permaneça. Que
dispute comigo no final do dia, quem ama mais. Eu só quero isso, um
pouquinho de amor, de carinho. Quero alguém que fique, por mais difícil
que esteja. Um sol, pra me fazer de Terra, e girar em torno. Para me
iluminar, por mais que a escuridão aparente não ir embora. Alguém, para
rir das piadas mais estúpidas do mundo. Quero alguém, que exista apenas
em mim, quero existir em alguém. Ser o mundo de alguém. Quero alguém
que, no final de um diálogo, diga tchau, pelo menos umas 5 vezes, e
depois de tudo, apenas, esqueça de ir embora. Fernando Moura.
E no meio de tanta gente eu encontrei você. Entre tanta gente chata sem
nenhuma graça, você veio. E eu que pensava que não ia me apaixonar,
nunca mais na vida. Eu podia ficar feio, só perdido, mas com você eu
fico muito mais bonito, mais esperto. E podia estar tudo agora dando
errado pra mim, mas com você dá certo. Por isso não vá embora, por isso
não me deixe nunca, nunca mais. Eu podia estar sofrendo caído por ai,
mas com você eu fico muito mais feliz, mais desperto. Eu podia estar
agora sem você, mas eu não quero, não quero. Marisa Monte.
Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E
boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara pra esconder as lágrimas.
Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar pra mim. Sou forte
sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim.
Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus erros
não me impeçam de continuar olhando para a frente. E quero continuar
errando, pois jamais serei perfeita (ainda bem!). Tampouco quero ser
comum e normal. Quero ser simplesmente eu. Quero rir, sorrir e chorar.
Sentir friozinho na barriga, nó no peito, tremedeira nas pernas. Sentir
que as coisas funcionam e que tenho que trocar de jeito quando insisto
em algo que não dá resultado. Quero aprender e, ainda assim, continuar
criança. Ficar no sol e sentir o vento gelado no nariz. Quero sentir
cheiro de grama cortada e café passado. Cheiro de chuva, de flor, cheiro
de vida. Aprecio as coisas simples e quero continuar descomplicando o
que parece complicado. Se der pra resolver, vamos lá! Se não dá, deixa
pra lá. A vida não é complicada e nem difícil, tudo depende de como a
gente encara e se impõe. Quero ser eu, com minha cara azeda e
absurdamente açucarada. Não quero saber tudo e nem ser racional. Quero
continuar mantendo o meu cérebro no lugar onde ele se encontra: meu
coração. E essa é a melhor parte de mim. Clarissa Corrêa
Hoje eu não sinto mais saudade de você. Não estou dizendo essas
palavras para te atingir, me vingar ou fingir que não estou mais nem aí.
Só não sinto mais saudade de você. Antes aquela saudade me consumia,
fazia meus olhos encherem de lágrimas, fazia meu coração tremer. Hoje
tudo isso passou. Procuro no passado o que me fez te querer tanto. Não
acho. Você continua bonito, engraçado e sedutor. Mas não vejo mais graça
nisso tudo. Não me abalo mais com tanto poder de sedução. O encanto
acabou, a magia se partiu, tudo ficou bem terminado aqui dentro. Isso
antes me entristecia, hoje me deixa com olhar de paisagem. Não sinto
nada. Nem seu cheiro sinto mais. Antes, fechava os olhos e conseguia
sentir seu perfume. Passou. Meu Deus, eu achei que nunca ia passar!
Pensei que meu sofrimento jamais teria fim. Mas teve. Um fim bonito. Um
fim que não deixa nem saudade. Clarissa Corrêa.
“Mas a lição que eu aprendi é que não vale a pena
consertar um carro pela décima vez. É mais fácil comprar um novo e fim
de papo. Afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com
algumas pessoas e só ganhei mais e mais poses e menos e menos verdades.
Ainda que doa deixar pessoas morrerem, se agarrar a elas é viver mal
assombrado.” Tati Bernardi
Hoje acordei mais feliz, acordei com vontade de sorrir, se doar, se amar, viver! Pois a vida não espera levantarmos de uma queda, ela simplesmente continua, com seus altos e baixos, mas continua. Resolvi deixar de lado toda magoa, tristeza e decepção, e encher meu coração de coisas boas, sentimentos bons, pessoas verdadeiras, pois o futuro me reserva o melhor, um novo caminho, uma nova vida, um novo eu, repleto de tudo que há de bom, basta acreditar. Viviane Pacheco
Já perceberam que é mais fácil falar sobre a dor do que do amor? Acho que isso é com certeza uma grande ironia, não deveríamos saber desde sempre o significado do amor? A dor deveria ser algo passageiro, mas não é isso que acontece, a dor mudou-se para a sua casa e agora faz parte da família, me disseram esses dias que o amor bateu palma mas ninguém deixou ele entrar, sua mãe disse que não é certo colocar estranhos dentro de casa. O respirar, o olhar, o silêncio, tudo parece ter se transformado num grito estridente de desespero, a tristeza aprisionou as pessoas, esvaziou a alma delas, até mesmo as lágrimas parecem ter secado. A vida nunca foi uma espécie de jogo, mas parece que alguém colocou ela no “super difícil”, as pessoas já até estão acostumadas com a derrota. E o amor? Esquecido. Tanto faz, é isso que tudo acabou virando, as pessoas se cansaram de nadar contra a maré, segurar o vento com as mãos, secar o mar com uma esponja, a felicidade parece ter virado loteria, a maldita borboleta felicidade que o poeta disse que viria na próxima primavera não veio, o inferno parece ter se tornado eterno. É fácil falar de alguém com quem convivemos todos os dias, é difícil você dizer alguma coisa de uma pessoa que você nunca viu na vida, isso tem se tornado tão comum hoje em dia. É fácil falar da dor, difícil falar de amor. Alguém decide começar um texto falando de amor, as duas primeiras linhas é sobre alguém, e o restante do texto é a dor que a pessoa sente por não ter quem se ama por perto, ou tá longe, ou ama outra pessoa. Tá difícil falar de amor, porque ninguém sabe ao certo o que é amor, faz tempo que eu não vejo alguém que viveu realmente uma grande história de amor. Amor dos filmes não conta, o “felizes para sempre” acaba. Tá na moda agora um novo tipo de filme de romance, aquele em que um dos dois morre e o outro passa o resto da sua vida sofrendo, esse sim se parece muito com a realidade de quase todas as pessoas que conheço.
O vazio cresce. Cresce a medida em que os segundas, os minutos, as horas, os dias passam e você não está aqui. A ausência machuca, a saudade corrói, a solidão destrói. Se fez um grande abismo dentro de mim, um lugar gelado, inóspito, pode-se confundi-lo com esse sentimento confuso de “tanto faz”, “sei la”, um certo incomodo sem causa, uma dor sem motivo, mas para todas as dores do coração, sempre haverá um motivo. O motivo da minha dor não é você, mas sim, a falta de você, preciso de você, o quanto antes, você é a cura da minha doença incurável, a morfina da minha dor, você é o meu amor.
Sobreviver, e, sobre viver, bem, esta tem sido uma tarefa árdua. Pensamentos conflitantes, sentimentos incontroláveis e sem sentido, pessoas falsas e sem coração, se a vida é como um jogo, aparentemente, apenas eu estava seguindo as regras, cansei de trapaceiros, eles mentem, iludem, abandonam. Arranquei meu coração do peite, o que resta dele, e decidi prosseguir, mesmo sem ninguém, mesmo que no meio desta tempestade eu não possa enxergar muito além, me vou, vou na incerteza que tudo pode acontecer, vou na certeza de que quase nada de tudo que eu sonhei vai acontecer, perdoe-me pela negatividade, é que me machucaram com gravidade. Criei novas regras, as minhas regras, nada de expectativas, elas foram feitas para serem quebradas, nada de sonhos, eles foram feitos para se frustrar um passo de cada vez, nada de pulos, o tombo pode ser grande, e lendo o que escrevo, talvez você pense que eu seja uma pessoa completamente amarga, porém, não é essa a ideia que tenho de mim mesmo, ou talvez seja esse exteriotipo utópico de completa frieza que eu queria transparecer para as pessoas, força, foco… eu sei da verdade, e a carrego comigo, não existem possibilidades de uma vida sem sentimentos, apesar desta ser o desejo de muitos, sei de meus sonhos, medos e inseguranças, a grande verdade é que pessoas fortes são fracas, pessoas sorridentes demais choram sempre antes de dormir, o sonho de toda pessoas sozinha é encontrar alguém, enfim. Sobreviver à vida, pois na maioria das vezes ela não é justa, viver a vida são surtos, espasmos, duram um piscar de olhos, tendenciosamente, temos que nos habituar com os curtos momentos de felicidade, e aprender a sorrir até mesmo quando tudo parece torcer contra a nossa felicidade, a vida por si só é um jogo extremamente difícil, e o que somos? Jogadores? Marionetes? Às vezes, tenho a impressão de que somos como folha seca jogada ao vento, outrora, sinto que cheguei onde deveria chegar. Sobre viver, às vezes, é como morrer diariamente, porém, a esperança, que parece ser tão frágil, sobrevive e habita dentro de nós, e de alguma forma, nos dá força para prosseguir, lutar pelos nossos sonhos, por mais impossível que eles pareçam ser. Não posso me iludir, sinto saudade do que um dia eu fui, mas parte da essência permaneceu, aquela que ainda me faz acreditar em mim, nas pessoas, na possibilidade de ser feliz, e apesar de machucado, e com os pés todos machucados, não posso parar, a ultima pessoa que ficou no meio do caminho foi atropelado pela vida, ela não espera, ela não tem pena, ela não poupa ninguém.
É inevitável, eu simplesmente não sei pensar em outra coisa, a não ser em você. Você se tornou o assunto mais comentado em minha vida. A forma como acordo pensando em você, durmo pensando em você. A forma como amo você como nunca amei ninguém. Nunca senti isso esse sentimento tão forte, por ninguém. É incrível como você se tornou tão especial pra mim, é incrível como eu me tornei tão dependente de você. Passo horas, horas e mais horas, pensando em você.
Durante uma de nossas conversas de olhares eu percebi o brilho dos teus olhos irem se encharcando com as lágrimas que surgiram de repente em meio ao nosso silêncio. Nada fazia sentido, e eu não sabia o que fazer. Foi aí então que eu vi um sorriso brotar em seu rosto, e ainda meio confusa eu sorri também. Meus olhos também foram se enchendo de lágrimas e foi quando eu percebi que “chorar por amor” nem sempre é algo ruim. As vezes pode ser a melhor coisa que nos pode acontecer…
As pessoas tem essa mania de falar das outras como se soubessem tudo sobre elas, e elas ainda acham que realmente sabem. Comigo não seria diferente, mas o pior é que não são qualquer pessoas, no meu caso são amigos ou parentes que dizem saber tudo sobre mim. E o engraçado é quando dizem: “Para de drama, nem começa com essa lamentação” ou até mesmo: ” Nossa como você é fria, por isso ninguém se aproxima de ti”. Mas o que ninguém sabe, é que talvez eu tenha motivos para ser assim. Será que uma pessoa vai continuar sendo sensível, mesmo quando ela passou boa parte da vida escolar sendo considerada a mais estranha da turma? Ou talvez eu continuasse meiga, depois de 3 anos andando sozinha num patio onde haviam mil pessoas em volta sorrindo com seus amigos? Será que alguém teria a capacidade de continuar sendo doce, quando sabia que as pessoas só se aproximavam para querer algo em troca?! Sinceramente, eu acho que ninguém teria condições de continuar intacto depois de tantas apunhaladas… E talvez as pessoas devessem ouvir mais e falar menos, porque no fim ninguém sabe tudo que o outro já passou, ou o quanto ele já sofreu.
Muitas pessoas falam que sofreram por amor. Mas o amor não nos faz sofrer, não há um ato no amor que não nos arranca um sorriso. O que nos faz sofrer são as pessoas e até nós mesmos, pois exigimos que a pessoa nos ame do nosso jeito, e quando ela não o faz, imaginamos que ela não nos ama o suficiente, por isso sofremos, sem ao menos pararmos para pensar que talvez aquela pessoa esteja nos amando com todas as forças dela, porém, só não sabe demonstrar da maneira que gostaríamos.
E quando todos me abandonaram, descobri que meu melhor amigo era meu reflexo. Eu podia confiar, contar meus segredos, relatar meus problemas e ele nunca se queixava. Quando ficava triste, ele estava ali na minha frente, com aquela mesma cara desgostosa. Até tentava me alegrar imitando perfeitamente meus gestos frios e minha cara melancólica. Quando estava feliz, ele sorria e dava gargalhadas silenciosas comigo. Era sempre e apenas ele que aparecia ao meu lado quando eu estava sozinho. Ele nunca falou nada, mas sempre entendi tudo perfeitamente. Era magia, telepatia. Mas hoje, até meu reflexo me abandonou. Não me vejo mais no espelho, na água, ou na vidraça, me vejo apenas na lama. E porventura eu quis adquirir conhecimento de mim mesmo, e acabei sabendo que não sei de muitas coisas sobre a minha pessoa mas enfim…O puro acaso causa um desconforto em meus sonhos sobre a felicidade do meu ser. O meu céu sempre está nublado de tanto desgosto e antipatia, mas o mundo insiste em querer ficar de bem com o tempo, o que causa um ódio em mim para com todos. Mas eu deixo o acaso cuidar de meus passos que são moles e sem rumo, e no final eu acredito que vou achar um lugar onde talvez eu me encontre de fato nesse meio tão perdido e que me perco em tudo.
No começo da noite caiu uma carga de água. Também as nuvens pretas logo depois desapareceram do céu e as estrelas brilhavam,brilhou também a lua cheia. Pela madrugada dos Capitães da Areia vieram. O Sem-Pernas botou o motor para trabalhar. E eles esqueceram que não eram iguais às demais crianças, esqueceram que não tinham lar, nem pai,nem mãe, que viviam de furto como homens, que eram temidos na cidade como ladrões. Esqueceram as palavras da velha de lorgnon. Esqueceram tudo e foram iguais a todas as crianças, cavalgando os ginetes do carrossel, girando com as luzes. As estrelas brilhavam,brilhava a lua cheia. Mas, mais que tudo, brilhavam na noite da Bahia as luzes azuis,verdes,amarelas,roxas,vermelhas, do Grande Carrossel Japonês. Capitães da areia
Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida. Quando vejo retratos,
quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do
passado, eu sinto saudades. Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei. Sinto saudades da minha
infância, do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro, do
penúltimo e daqueles que ainda vou ter. Sinto saudades das coisas que
vivi e das que deixei passar. Clarice Lispector.
Escrevo numa tarde cinzenta e fria, trabalho pra espantar a solidão nos meus pensamentos, hoje assumi em público a minha doença, estou mais leve, mais livre, mais ainda tenho muitos medos, medo de voar, de amar, de morrer, de ser feliz, medo de fazer análise e perder a inspiração, ganho dinheiro cantando as minhas desgraças, comprar uma fazenda e fazer filhos talvez fosse uma maneira de ficar pra sempre na terra, porque discos arranham e quebram. Cazuza
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