sábado, 6 de julho de 2013
Não chore mais minha querida. Foram as palavras da minha mãe, eu tentei, juro. Mas seguir em frente, quando uma grande parte da sua felicidade decide seguir outro rumo, é muito duro. Olhei para os lados, tentei encontrar algo que me fizesse levantar, pois a sua partida literalmente me deixou sem chão. Mas, isso só depende de mim mesma não é? Então criei vergonha na cara e me levantei, estou seguindo em frente e advinha, estou muito melhor sem você. O Diário de Sofi.
Tempos atrás eu tinha um certo vício de comer o canto da unha. Sabe aquele cantinho que incomoda, causa uma dorzinha e você fica louco para poder tirar com uma simples puxadinha com o dente? Então, eu fazia isso – as vezes ainda faço – até doer, até arder, até sangrar. Não me contentava com uma sangradinha não, o dedo tinha que estar jorrando sangue para que eu me sentisse satisfeita. E meio que era engraçado, porque a minha mãe vivia me enchendo o saco dizendo: “Tira o dedo da boca menina”, “Vou te entupir com remédios de verme” ou então “Qualquer dia desses isso vai te deixar com apendicite”. Apenas ria. Ai a gente cresce e passa a entender que existem outros tipos de vícios, vícios piores, vícios que dá vontade de voltar com os vícios antigos, vícios do tipo pessoa. E percebe o quanto era menos doloroso sentir aquela dorzinha do canto da unha do que perder alguém que tanto ama. Que deixar o dedo jorrar sangue era menos preocupante do que pensar se a pessoa que ontem era tudo, vai continuar sendo seu tudo amanhã. Que ouvir os gritos da minha mãe era mais agradável que os gritos do coração. E também até duvido que aquela apendicite que ela tanto me alertava, teria doído tanto quanto a dor da saudade de quem partiu e nunca mais voltou. É mãe, se você me visse agora, estaria era rindo do meu novo vício. Thiara Macedo
Hoje passaram dois rapazes ao meu lado conversando, e um deles afirmou bem assim: “Mulher? Mulher é igual panda, um “bicho bobo” mesmo!” Achei engraçado a expressão, mas concordo em termos. Até porque, só uma mulher para ser jogada de escanteio e ainda esperar todas as noites por uma SMS dele. Só uma mulher é capaz de chorar, se acabar e sofrer um dia inteiro por causa de um idiota, e no outro dia se declarar dizendo que o ama. Só uma mulher para acreditar no “Eu mudei”, “Isso não vai mais acontecer”, “Me perdoa” e ainda depositar confiança e a certeza de que ele irá mudar. Só uma mulher pra ver o que não deve, ler o que não deve, ouvir o que não deve, e ainda sorrir fingindo que nada aconteceu. E ainda é chamada de sexo frágil hein. Só uma mulher pra aguentar ele falando de outra, e ainda aconselhar. Só uma mulher mesmo. Mas não pisa no calo de uma mulher não, pois saberá que todo “bicho bobo”, tem lá seu lado cruel. Aliás, mexe com um panda pra você vê. Thiara Macedo
Bipolar e Psicopata.
Bipolar: Oi Psicopata, desculpe incomodar.
Psicopata: Oi. Tudo bem, eu acho.
Bipolar: Eu só queria saber como é não ter sentimentos.
Psicopata: Vazio e solitário. Como é tê-los todos de uma vez?
Bipolar: Confuso e cansativo. Será que poderia me dar um pouco do seu vazio?
Psicopata: Será que poderia me dar um pouco dos seus sentimentos?
Bipolar: Você não ia gostar da confusão.
Psicopata: E você não ia gostar da solidão.
Não vou dizer que sinto a sua falta, porque sentir falta todo mundo sente. Sente falta de um lugar, objeto, conversa, programa de televisão, ou até mesmo daquilo que acabou de comer. Sentir falta é superficial demais. O que eu sinto por você é saudade e pronto. É, eu morro de saudade. Saudade de você, de mim, e de tudo aquilo que nós éramos juntos. Aquela saudade que dá e nunca passa, sabe? Saudade enorme. Saudade infinita. Saudade eterna. E todas as vezes que penso na palavra saudade e me vem você na cabeça, reflito: “Se saudade trouxesse alguém de volta, será que você voltaria?” Porque juro que se você voltasse, não te deixaria ir embora nem por reza.
Mas agora, sozinho na minha casa, comecei a perceber que o destino pode magoar uma pessoa tanto quanto a pode abençoar, e dou por mim a perguntar-me porque razão - de todas as pessoas do mundo inteiro que alguma vez poderia ter amado - tinha de me apaixonar por alguém que foi levada para longe. Nicholas Sparks
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