“Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei
intolerável para mim mesmo. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho
uma aparente liberdade mas estou preso dentro de mim.” Clarice Lispector
domingo, 2 de junho de 2013
“E é interessante. O tal do ser humano é
interessante. Sempre procurando o amor definitivo e a tal da segurança.
Logo ele, capaz de morrer no próximo minuto, sujeito à primeira
ventania, e sem a menor chance diante do menor maremoto. A segurança,
colega, não existe. A gente inventou.” Oswaldo Montenegro
Ah, meu amor. Eu estou em uma fase ruim. Não me sinto importante e não estou fazendo questão de permanecer aqui. Sinto falta do meu passado que na época parecia ruim, mas que hoje parece bem bonito. Eu perdi muita coisa que não tenho como recuperar, e estou congelada por dentro. Eu não sinto mais nada e o mundo não passa de um grande “tanto faz”. Eu só sinto falta da minha família que está longe, mas de resto a companhia de qualquer outra pessoa por muito tempo me tira do sério. Eu já estive assim antes, não é um bom lugar para se estar, mas eu nunca antes gostei tanto de estar assim. E isso é o que me preocupa: estou pegando gosto pela solidão. E não quero sair daqui.
Vou inventar avós que nunca morrem… e cachorros também. Eu vou inventar uma verdade sem problemas e um caminho doce pra poder voltar e catar todos os caramelos que tiraram de mim. E mesmo que tudo dê errado, mesmo assim, não tem problema. Eu deito no telhado de uma casa qualquer, olho pro céu e invento uma nuvem que chove sorrisos, bem em cima de mim.
Assinar:
Postagens (Atom)