domingo, 11 de novembro de 2012
“Acho tão bonito casais que duram. Não importa o
tempo, o que vale é a intensidade. Querer estar junto vale muito mais do
que estar junto há 20 e tantos anos só por comodidade. Sei que estou
falando obviedades, mas hoje vi um casal de velhinhos na rua. Acho que o
amor, quando é amor, tem lá suas dores bonitas. A gente vê uma cena e o
coração fica emocionado. Nos dias de hoje, com tanta tecnologia, com
tanta correria, com tanta falta de tempo, com tanto olho no próprio
umbigo e nos próprios problemas, com tanta disputa pelo poder, pelo
dinheiro, por ter mais e mais, sei lá, acho bonito ver um casal de
velhinhos na rua. A mão, enrugadinha, segura a outra mão. A outra mão,
por sua vez, segura uma bengala. Falta equilíbrio, sobra experiência.
Falta a juventudade, sobra história para contar. Falta uma pele lisa,
sobram marcas de expressão que contam segredos. Envelhecer não é feio.
Em tempos de botox, a gente devia olhar um pouco para dentro. De si. Do
outro. Do amor.” Clarissa Corrêa.
“Eu e você” não combina com abraços e amasso, nem com
beijos e serenatas, muito menos com clichê romântico. Não espero de nós
dois uma história linda de amor, com pássaros cantando, mimos e um
final feliz. Sinceramente, isso não combina nem um pouco com “Eu e
você”. Eu gosto mesmo é desse nosso jeito, despreocupado com o que vai
vir. Nosso quarto bagunçado, nossas brigas de ciume, nossa geladeira
lotada de porcaria, você andando pelado pela casa e eu brigando pelo
fato de a qualquer momento poder chegar visita. Você sempre me irritando
e sempre me fazendo rir quando tento ficar séria. Nossas partidas de
truco, vídeo-game e até futebol. Nosso final de semana assistindo jogo, e
sempre, meu time contra o seu, você me irritando dizendo que seu time é
o melhor, e que sou sofredora. Você é tão eu, e eu sou tão você. Quem
vê, diz que somos apenas melhores amigos, pois namorados não se tratam
assim. Mas não, é só o nosso jeito de amar, nosso jeito torto, estranho,
diferente, mas verdadeiro.” Carol Alves
“Hoje eu não sinto mais saudade de você. Não estou
dizendo essas palavras para te atingir, me vingar ou fingir que não
estou mais nem aí. Só não sinto mais saudade de você. Antes aquela
saudade me consumia, fazia meus olhos encherem de lágrimas, fazia meu
coração tremer. Hoje tudo isso passou. Procuro no passado o que me fez
te querer tanto. Não acho. Você continua bonito, engraçado e sedutor.
Mas não vejo mais graça nisso tudo. Não me abalo mais com tanto poder de
sedução. O encanto acabou, a magia se partiu, tudo ficou bem terminado
aqui dentro. Isso antes me entristecia, hoje me deixa com olhar de
paisagem. Não sinto nada. Nem seu cheiro sinto mais. Antes, fechava os
olhos e conseguia sentir seu perfume. Passou. Meu Deus, eu achei que
nunca ia passar! Pensei que meu sofrimento jamais teria fim. Mas teve.
Um fim bonito. Um fim que não deixa nem saudade.” Clarissa Corrêa.
“Tenho uma parte que acredita em finais felizes. Em
beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado.
Tenho uma metade que mente, trai, engana. Outra que só conhece a
verdade. Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. Outra que
sobrevive sozinha, metade autossuficiente.” Caio Fernando Abreu.
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