terça-feira, 19 de novembro de 2013
Uma voz dentro de mim soluça: “Veja só, foi nisso que você se transformou. Está rodeada por opiniões negativas, olhares desanimados e rostos zombeteiros, pessoas que não gostam de você, e tudo porque não escuta o conselho de sua metade melhor.” Acredite, eu gostaria de escutar, mas não dá certo, porque, se eu ficar quieta e séria, todo mundo acha que estou representando outro papel e tenho de me salvar com uma piada; nem estou falando da minha família, que presume que estou doente, me enche de aspirina e sedativos, sente meu pescoço e minha testa para ver se estou com febre, pergunta sobre o movimentos intestinais e me critica por estar mal humorada, até eu não aguentar mais, porque quando todo mundo começa a me chatear, fico irritada, e depois triste, a parte má do lado de fora e a boa do lado de dentro, e tento achar um modo de me transformar no que poderia ser e no que gostaria de ser se… se não houvesse mais ninguém no mundo. O Diário de Anne Frank
E quando eu vi, sua felicidade já tinha dado as mãos pra minha e teu coração já morava dentro do meu. Quando eu me dei conta, já éramos um só. Quando a minha ficha caiu, tua vida estava dançando com a minha, você já fazia parte de mim e eu de você. E foi aí que eu vi, meu amor, que não tinha mais como fugir: quando é pra acontecer, acontece. Giulia Mainardi
A felicidade é sutil. É uma poesia, um pedaço de manga, um gole de vinho, uma música que arrepia. A felicidade é tão simples. Um abraço em quem a gente não vê faz tempo, um carinho de um amigo, um beijo em seu amor. É andar de mãos dadas, encostar a cabeça no ombro do outro no cinema, dormir juntinho. É cheiro de café passado, susto que passa logo, lambida de cachorro no nariz e perfume de flor. A felicidade é serena. Uma ferida que sara, a calça que finalmente entra, a tão desejada voz do outro lado do telefone. Um filho que aprende a dizer mamãe, a receita que dá certo, o olhar que se encontra. Clarissa Corrêa
Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem “E se”. A gente completa o percurso e às vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final.
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