domingo, 13 de abril de 2014
Há tanto a ser dito, e poucas palavras pra dizer tudo. Eu não achei que as coisas iam terminar assim, que a ficha ia cair num sábado a noite com você se despedindo só com um aperto de mão. Um sábado, exatamente como as coisas começaram, e depois como desandaram. Acabou muito antes da ficha cair. Seu perfume perdeu o cheiro, seu sorriso o brilho, o olhar, poxa perdeu o poder que tinha… As coisas mudaram. Pra melhor, pra mim. Não era assim que tinha que ser, e dói. Mas não tem mais tanta importância quanto antes. Você foi embora, da minha vida, das minhas musicas, das minhas coisas, do meu coração. E dói. Mas não deixa ferida, dói de maneira triste porque, não tinha que ser assim. A gente ia ser feliz, a gente ia ser um do outro, a gente ia… ia… ia… E não foi. Cidades de Papel
Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer.
Devia ter arriscado mais e até errado mais, ter feito o que eu queria
fazer… Queria ter aceitado as pessoas como elas são. Cada um sabe a
alegria e a dor que traz no coração… O acaso vai me proteger enquanto eu
andar distraído. Devia ter complicado menos. Trabalhado menos, ter
visto o sol se pôr. Devia ter me importado menos com problemas pequenos,
ter morrido de amor. Queria ter aceitado a vida como ela é, a cada um
cabe alegrias e a tristeza que vier… Titãs
Ela me traz paz, e eu nem sei se ela sabe… Ela não deixa só o cheiro espalhado pela roupa e pelo quarto; deixa o sorriso estampado na cara e a alma tão leve que quase tenho que buscá-la no céu. Transforma o cinza em azul, ou qualquer coisa brega que dê para se entender. Ela me tumultua para me acalmar. Não sei se faço o mesmo por e com ela. Porque nunca naveguei em águas calmas e meus olhos são cheios de mistérios, aflições e tenho esse meu ar meio melancólico. Mas mal sabe ela que sou feliz, porque deitar ali um segundo só já é sonhar, porque ouvir a sua respiração pertinho da minha recupera qualquer fôlego. Sou feliz por agora escrever pieguices e não querer de forma alguma apagar cada palavra. Meu romantismo antes vagabundo agora é todo dela, e eu acho que ela nem gosta dessas coisas. Eu também não gosto. É que ela é ela, ela acerta o tom, a medida exata da paz. E tudo bem, lá fora todos estão se matando, até a polícia resolveu matar. Mesmo em tempos de guerra, ela só me dá vontade de falar em paz… E dizem por aí que estar apaixonado é estar alienado. Camila Costa
Me pego apoiado no parapeito da janela olhando pras luzes dos portes e dos faróis dos carros que passam na rua. Me pego apoiado nos cotovelos pensando se você estaria pensando se estou pensando em você. Eu estou. Penso nos teus lábios vermelhos marcando meu pescoço. Penso nas suas mãos encaixadas nas minhas. Penso em nossos corpos unidos como um, de modo que caiba todo amor do mundo. Penso em ser seu abrigo nas noites de outono. Penso em poder te aquecer quando o inverno chegar. Penso em ser seu escudo por ser sua proteção e sua roupa por ser tão intimo. Mas penso isso achando que você esteja pensando se eu estou pensando tudo isso. Se é amor, não sei. Mas estou amando não saber. Amar é suicídio, morremos o tempo todo. Todos os dias. O amor é um tiro no escuro. A gente nunca sabe se vai atingir alguém, se vão nos atingir, ou se ambos serão atingidos. A única coisa que sabemos é que, quando sentirmos a arma na mão e as luzes forem apagadas, é porque estamos dispostos a nos ferir o quanto for pelo amor.
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