quarta-feira, 25 de abril de 2012
“Você me olha de um lado, olha de outro, o que será que você vê? Afinal, gosta disso? De me ver… Você gosta? A sensação de alguém me observando sempre fora desagradável, talvez eu tenha complexos demais, mas você me tira essas coisas, esses estranhamentos da vida: você me tranquiliza para depois me enlouquecer. Como um remédio, você substitui qualquer Prozac que os médicos me recomendem. O meu estômago não respira mais, e não, não ache estranho eu dizer que ele precisa respirar: é óbvio que ele precisa. Mas você o invade com coisas demais e o coitado vomita, coloca para fora enquanto os meus olhos te miram baixinhos pedindo atenção… E você me olha. Eu nos bebi demais, ingeri demais o meu “remédio”. Você veio em doses erradas ou eu que não tenho resistência para tanto. Certa vez eu disse que precisamos ter estômago para o amor, lembra? O meu está todo para fora, deixo agora que me levem à sala de cirurgia. E lá na porta, você está a me olhar. Surpresa: abriram o coração ao invés do estômago. Eu mal sei admitir que é no coração que você mora.
A propósito: nunca achei olhos da cor dos seus.”
A propósito: nunca achei olhos da cor dos seus.”
— Camila Costa
As coisas foram desmoronando sobre as consequências de meus próprios atos. Eu segui meu caminho sozinho, como sempre, sem pedir ou aceitar ajuda, sem olhar para trás, […] Cometi erros banais, e alguns deles definiram minha forma de pensar como é hoje; Os arrependimentos eu não trago comigo, ficaram pelo caminho para tampar as imperfeições da própria causa. Me encontrei muitas vezes em momentos que eu me julgava perdido, e, hoje eu estou sendo enterrado pelo passado, dentro de uma cova que eu mesmo cavei, dentro de amores e medos que eu ainda não superei; Dentro de mim as nostalgias brotam com vigor, e com isso eu me deparo com as ruínas do meu orgulho, que quando era muralha me protegeu de tantos males, tantos turvos desvios, que acabou impedindo também que o desejado e temido amor chegasse até mim.
“Eu gostaria de ser a pessoa que vai te deixar bem quando você não tiver mais forças. Eu gostaria de colocar um sorriso no teu rosto quando dele só estiver caindo lágrimas. Eu gostaria de ser quem vai encher seu coração de alegria quando ele estiver cheio de mágoas. Mas eu me sinto como se eu não fosse capaz disso.”
— João Pedro Bueno
E você me ajuda tanto. Nos teus conselhos, na tua forma de me fazer sentir bem com a minha opinião. Na tua forma de me fazer identificar contigo e saber que você pensa muitas vezes igual a mim, mesmo quando o meu pensamento é o mais diferente possível. Na tua forma de se preocupar e de demonstrar que é uma das pessoas mais verdadeiras que eu pude conhecer
“Se você me perguntasse o que eu sinto por você hoje, eu diria com toda a força, alegria e sinceridade do mundo: nada. Responderia que agora você não passa de uma memória, de uma lembrança mal esquecida que eu não faço questão de lembrar. E quer saber? Eu ainda penso em tudo. Ainda lembro de nós dois quando vejo uma poesia de amor ou uma carta de sofrimento. Mas sabe qual a diferença? Antes eu desejava que tudo voltasse, hoje eu agradeço por ter ido embora. Primeiramente você se foi, e deixou junto um baú debaixo da nossa cama. E o que tinha nele? Saudade. Sim, saudade. Mas junto com a saudade tinha as duas coisas mais preciosas que você poderia me dar: aprendizado e maturidade. E hoje eu joguei a saudade fora e só fiquei com as duas outras coisas existentes naquele baú enorme, porém quase vazio. Um vazio que hoje não precisa ser preenchido por alguém, um vazio que está sendo preenchido pela minha vontade de viver. Pela minha vontade de viver sem você.”
— João Pedro Bueno
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