sábado, 15 de junho de 2013
Depois de ter você, para quê querer saber que horas são? Se é noite ou faz calor, se estamos no verão, se o sol virá ou não, ou pra quê é que serve uma canção como essa? Depois de ter você, poetas para quê? Os deuses, as dúvidas, para quê amendoeiras pelas ruas? Para quê servem as ruas? Depois de ter você. Calcanhotto.
Você diz que gosta de sair comigo, dar voltas na cidade, sei lá. Eu sei escutar, não sou como aqueles caras. Não sei que caras são esses, mas concordo. Estou calado justamente por estar nervoso. Aqueles caras ficam nervosos? Eu fico. Você sorri pra mim e desvia o olhar antes que eu tenha um AVC bem na sua frente. Aí gosto mais de você porque acaba de salvar minha vida. Gabito Nunes
O que eu queria era alguém que me recolhesse como um menino desorientado numa noite de tempestade, me colocasse numa cama quente e fofa, me desse um chá de laranjeira e me contasse uma história. Uma história longa sobre um menino só e triste que achou, uma vez, durante uma noite de tempestade, alguém que cuidasse dele. Caio Fernando Abreu.
Antes do aparecimento do espelho a pessoa não conhecia o próprio rosto senão refletido nas águas de um lago. Depois de um certo tempo cada um é responsável pela que tem. Vou olhar a minha agora. É um rosto nu. E quando penso que inexiste um igual ao meu no mundo, fico de susto alegre. Nem nunca haverá. Nunca é o impossível. Gosto de nunca. Também gosto de sempre. Que há entre nunca e sempre que os liga tão indiretamente e intimamente? Clarice Lispector
- Gosto do seu sotaque.
- Gosto da sua voz.
- Sua risada me faz rir.
- Sua risada me faz não querer parar de rir.
- Seu silêncio me distrai. Eu gosto.
- Seu silêncio me incomoda. Eu já não gosto.
- Quando você fica mal, você canta.
- Quando você fica mal, você se afasta.
- Odeio quando você xinga.
- Amo quando te faço xingar.
- Você me irrita.
- Você me faz bem.
- Desculpa por te chamar de amor.
- Desculpa por não ser o seu amor.
- Você fala demais.
- E você não fala quase nada.
- Eu gosto de ouvir.
- Eu gosto de ser ouvida.
- Odeio quando a gente se despede e eu desligo rápido.
- Odeio quando você desliga rápido.
- Gosta das minhas despedidas?
- Gosto quando fica.
- Posso ficar?
- Deve. Thiara Macedo
Tem tanto para ser visto lá fora. E tem tanto para conhecer aí dentro. A gente guarda dentro do peito e da mente segredos cheios de cor. É importante abrir todas as gavetas internas, descobrir cantos escondidos, novos caminhos. Não precisa ter medo, nada de ruim vai chegar perto. Basta deixar fluir, acontecer, amadurecer. Clarissa Corrêa
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