terça-feira, 9 de outubro de 2012
Nunca fui do tipo que precisava de atenção, de ser amada por todos, de precisar de um namorado pra ser feliz. Sempre passei a imagem de ser forte. Mas só por isso as pessoas achavam que eu nunca chorei, que eu nunca sofri, que eu nunca amei. E esse foi o maior erro delas, achar que por ser forte eu não tinha um coração. Gossip Girl
Havia uma moça que passava sempre defronte da minha casa. Eu a via, do outro lado da rua. Ela tinha um defeito na perna que a fazia mancar. O seu rosto tinha uma suavidade, uma beleza que me encantava. E eu ficava com vontade de atravessar a rua e dizer-lhe: “Eu acho você muito bonita!” E voltar correndo para dentro de casa. Nunca tive coragem. Tive medo de que ela me considerasse um velho desrespeitoso, dando-lhe uma cantada. E eu fico a me perguntar: Por que é tão difícil dizer aos outros o quanto gostamos deles?
Tava pensando na gente e cheguei a conclusão que não existe isso de “a gente”. Existe eu e você. Existe eu e você brigando pra saber quem é o mais idiota. Eu e você brigando pra quem estraga tudo primeiro. Existe eu e você brigando pra mostrar quem esqueceu primeiro. Nunca fomos “nós” e você sabe disso. Sabe que por mais que estivéssemos juntos a gente nunca se pertenceu de verdade, porque talvez a gente nunca tenha deixado se pertencer. Porque você quer me mudar e eu quero que você mude. Então esse “a gente” que eu vivia falando não existe. E u e v o c ê, assim mesmo, separado, igual a gente.
Assinar:
Postagens (Atom)