Porque quando você ama sente necessidade da outra pessoa. Não por
dependência, carência e outras ências. Mas porque é bom estar ali, com o
corpo junto, coração do lado, ouvindo a respiração. Você se sente em
casa. Clarissa Corrêa.
domingo, 14 de abril de 2013
A gente demora pra aceitar, arruma novecentas desculpas para a falta de
jeito do outro. Ah, ele é confuso. Ah, ele está tenso. Ah, ele tem
medo. Ah, ele é maluco. Ah, ele isso. Ah, ele aquilo. Desculpa, mas quem
quer estar junto pensa ah, que saudade. Ah, que falta ela me faz. Quem
gosta, gosta. Sem complicações. Sem armações e armaduras. Clarissa Corrêa.
A tristeza é o amor ter acabado sem ter acabado. É não saber o que é amor e não saber o que é acabar e não saber o que é não acabar. A tristeza só sabe que é triste e todo o resto ela só tenta saber, mas fica louca e desiste. A tristeza é de uma simplicidade que a torna ainda mais triste.A tristeza é qualquer posição sentada ou em pé ou deitada. A tristeza é deitar e levantar. Tentar ou desistir carregam a mesma tristeza das coisas que não existem. Minha pele toca no pano, na água, na tela, uma mão toca na outra. Todos os toques são tristes. Todas as posições são tristes. Amanhã será triste, ontem foi triste. Hoje é o dia mais triste do mundo.É porque eu tenho medo de dirigir até o Morumbi no escuro? É porque eu uso pijama feio pra dormir? É porque eu sou egoísta e louca e tenho um dente torto? É porque eu ria de você e ria das suas coisas e ria das suas músicas e ria de nervoso porque eu gostava tanto de você que odiava você? É porque eu criei sete mil muros pra receber alguém mas queria esmurrar até sangrar o seu único muro como se você também não fosse humano? Ou é só porque é assim mesmo? Assim: finito, simples e triste demais. Tati Bernardi
Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido, mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca, te chama de nomes que eu não escreveria, não te vira com delicadeza, não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar, sem querer apresentar pra mãe, sem querer dar o primeiro abraço no ano novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral, te amolece o gingado, te molha o instinto. Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante, e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez anos. Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de ano novo e pra falar: “Que cê acha amor?”. Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua. Se você for chata, suas amigas perdoam. Se você for brava, suas amigas perdoam. Até se você for magra, as suas amigas perdoam. Mas… experimente ser amada. Luís Fernando Veríssimo
Pedi um príncipe e me mandaram o bobo da corte. Pedi Sr. Perfeito e me mandaram o Mr. Idiota. Pedi um homem e me mandaram um moleque. Pedi um gato e me mandaram o cachorro. Parei de exigir demais, de implorar por algo melhor e ficar nessa de pedir. Então fizeram a junção do bobo da corte, Mr Idiota, moleque e cachorro, e me mandaram você. Ta aí, eu me apaixonei.
Quem me dera conseguir te esquecer assim como eu esquecia o que minha mãe me pedia pra comprar no mercadinho do seu Jurandir quando eu era criança. Antigamente esquecer era defeito, não privilégio. Antigamente amor era benção, não maldição. Eu já pensei até em ir te procurar no mercadinho pra ver se no caminho eu te esqueço, mas aí eu me lembrei. Se eu te encontrasse lá, eu ia preferir não te esquecer, ia preferir me colocar à venda, só pra ver se você me leva pra casa.
Pouco a pouco você vai perdendo o encanto que tem pelas pessoas. Dia após dia, você olha e olha de novo, daí começa a ver quem realmente são. Todo aquele brilho, todo aquela beleza se vai, como a água suja desce no ralo da pia, só então você percebe que o carinho na verdade era um interesse, que os segredos não passavam de embuste, e que o querer bem nunca existiu. Você se percebe apenas como uma companhia para diminuir a solidão, o mesmo tempo que serve para aumentar seu ego desmedido. É, mas a vida passa, o tempo ensina que ninguém é insubstituível. Que tudo na vida é uma questão de ângulo de visão. E hoje eu digo: quem me perde, perde o luxo e o prazer de ter na vida alguém tão ilustre e único como eu. Só digo isso. Gabito Nunes
Hoje aprendi a me amar mais. Olhei no espelho e dei de cara com uma imagem que precisava de amor, de carinho, de colo que ninguém nunca ofereceu. Então resolvi me arrumar, escovar meus cabelos, colocar um sorriso como maquiagem e me chamar para sair. Comprei nas melhores lojas da cidade, comi no melhor restaurante, e no final do dia ainda me presenteei com os melhores bombons do mundo. Me amei tanto hoje, que até me chamei para sair outra vez. E aceitei. Confesso que foi o amor mais bem correspondido que já tive.
Garota complicada essa hein, ninguém a definia. As vezes tão menina, outras vezes tão mulher. Madura o suficiente para falar, e imatura a ponto de não querer ouvir. Agia como adulto, mas chorava feito criança. Se enchia de esperanças e se debruçava em seus sonhos, mas tinha lá suas decepções. Gigante por dentro e tão pequenina por fora. Mente de uma mulher de 30, coração de uma adolescente de 15 e sensibilidade de uma criança de 5. Eita garota maluca, mas ela até que gostava de ser assim.
Onde fica o botão deletar o passado? É, as vezes dá vontade. Vontade de deletar aquilo que não serve mais, que atrasa a minha vida e que me impede de seguir. Deletar o inútil, o desagradável, o que não presta. Tô falando de deletar você! Deletar, excluir, apagar por tempo indeterminado e sem essa de restauração. Tem como? Quem dera. Mas eu não precisava deletar nada não, só precisava seguir em frente sem olhar para trás. E foi o que eu fiz.
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