quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Posso pedir uma coisa para você? Me perdoe também. Desculpa se às vezes falo sem pensar, se vomito as coisas de uma forma boba, se sou criançola, mimada e estúpida, se sou tão cabeça-dura a ponto de ficar cegueta. Desculpa se às vezes fico surtada e emburrada. Desculpa se meu orgulho é um dos meus piores defeitos. Desculpa se tenho um lado crítico bem forte. Desculpa se sou ciumenta com as minhas coisas. Desculpa se nem sempre eu sou doce. Desculpa se muitas vezes eu faço birra como se tivesse 5 anos de idade. Desculpa se eu não sou uma pessoa tão boa assim. Desculpa, desculpa mesmo. Clarissa Corrêa
E foi assim que me tornei um porcaria nenhuma na vida. Sem religião, sem partido político, sem time do coração, sem saber tocar plenamente um único instrumento musical. Tudo me enche o saco. Natais em família, festas noturnas, discussões de trânsito, entrevistas de emprego, fazer supermercado, sexo tântrico, banho de espuma, a música “The End” dos Doors, viajar de avião, montar prateleiras, sala de espera de oftalmologista, delivery de comida chinesa, qualquer graduação em comunicação ou marketing, tudo que demora mais de quinze minutos me enche o saco. Por isso eu nunca termino nada. Por isso eu não tenho coisa alguma. Por isso eu fiz nada. Nunca me dei o trabalho de me tornar alguém interessante e nem incrível. Eu sou médio, um ser muito do mais ou menos. Não sou um ingrediente essencial para a sociedade. É como se meu relógio-biológico tivesse um botão “foda-se”. Sei que é um clichê, e que as pessoas usam essa expressão pra tudo, mas se alguma coisa faz algum sentido é isso de “foda-se”. Gabito Nunes.
Eu não fumo, eu odeio cigarro, eu odeio atravessar a festa inteira pra chegar até lá fora, eu odeio a amizade instantânea das rodinhas de fumantes que não se conhecem, eu odeio festas em geral, eu odeio papos de festa, eu odeio conhecer gente que não tem nada a ver comigo, e sorrir para os papos mais furados do mundo. Eu sei, eu deveria beber. Mas pra quê? Pra achar essas pessoas legais? Pra suportar o insuportável? Sou cínica demais pra dar esse gostinho ao mundo. Tati Bernardi.
Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso. Ela tem cara de menina mimada, um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor, um jeito encantado de ser, um toque de intuição e um tom de doçura. Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude, uma solidão de artista e um ar sensato de cientista. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo, que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez. Ela tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna. Caio Fernando de Abreu
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