sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Eu me afasto e ela também, mas a gente sempre volta. A gente é igual cachorro quando se perde, sempre dá um jeito de voltar pra casa. E acho que ela é o meu lar e eu sou o lar dela. Ela me chama de baixinho, mas é menor que eu. Ela me chama de neurótico, mas ultrapassa os limites dessa palavra. Ela é toda errada e eu sou o concerto dela. A gente é complicado, mas ainda é dá gente. Allax Garcia
O mundo e as pessoas mudam muito rápido. Hoje quem você ama está aqui, amanhã pode não estar. Hoje você tem um emprego, amanhã pode não ter. Hoje você dormiu com a frase entalada na garganta, amanhã o dia nasce de outro jeito, com outra cara e a frase pode ficar perdida no meio do nada. Ou pode ser tarde demais. Clarissa Corrêa
Escreveu-lhe ele, uma carta apaixonada e extravagante, condizente com sua suposta loucura, mas entremeada de algumas frases meigas e afetuosas, suficientes para mostrar à suave donzela que ainda a amava entranhadamente, e em que lhe pedia que duvidasse de que as estrelas tivessem luz, de que o Sol se movia ou de que a verdade fosse verdadeira, mas que nunca duvidasse de seu amor. William Shakespeare
O papel tem mais paciência do que as pessoas. Pensei nesse ditado num daqueles dias em que me sentia meio deprimida e estava em casa, sentada com o queixo apoiado nas mãos, chateada e inquieta, pensando se ficaria ou se sairia. Finalmente fiquei onde estava, matutando. É, o papel tem mais paciência, e como estou planejando que ninguém mais leia esse caderno de capa dura que geralmente chamamos de diário, a não ser que algum dia encontre um verdadeiro amigo, isso provavelmente não vai fazer a menor diferença. Agora estou de volta ao ponto que me levou a escrever um diário: não tenho um amigo. O Diário de Anne Frank
Você sorri quando me vê, esse foi bem fácil de perceber, é sempre longo e da pra ver os teus dentes inferiores. Você sorri por educação, esse é bem rápido. Você sorri quando acha algo engraçado e esse sempre vira gargalhada e te deixa sem fôlego. Você sorri quando está com vergonha e as suas faces coradas falam por você. Você sorri quando te fazem uma surpresa, esse também foi fácil de perceber, teus olhos sempre ficam marejados. Você sorri quando lembra de alguma coisa e o seu olhar fica paralisado. Você sorri quando diz que me ama e esse se parece bastante com o seu sorriso tímido. Você fecha a cara quando diz que me odeia, mas você sorri com os olhos. Querido John
Sossega, coração! Não desesperes! Talvez um dia, para além dos dias, encontres o que queres porque o queres. Então, livre de falsas nostalgias, atingirás a perfeição de seres. Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo! Pobre esperança a de existir somente! Como quem passa a mão pelo cabelo e em si mesmo se sente diferente como faz mal ao sonho o concebê-lo! Sossega, coração, contudo! Dorme! O sossego não quer razão nem causa, quer só a noite plácida e enorme, a grande, universal, solente pausa antes que tudo em tudo se transforme. Fernando Pessoa
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove. E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Cora Coralina
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