quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser, todo verbo é livre para ser direto ou indireto, nenhum predicado será prejudicado, nem tampouco a frase, nem a crase, nem a vírgula e ponto fíirgulas, e estar entre vírgulas pode ser aposto e eu aposto o oposto: que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples. O Teatro Mágico
Dessa vez não deu certo e da outra vez também não deu. Mas quem sabe daqui alguns meses, ou ano que vem? Quem sabe a gente se esbarra numa balada qualquer e voltamos a nos conhecer? Quem sabe você me pega desprevenida e aparece no meio do meu casório bem naquela parte “Se alguém aqui tem algo contra esse casamento, que fale agora ou se cale para sempre”? Aí quem sabe a gente aproveita e foge, mora juntos, casa, arruma filhos e vivemos aquela história toda que no inicio não deu nadinha certo? É, quem sabe. Mas enquanto não acontece, eu fico aqui sentada de pernas cruzadas, cruzando os dedos para que da próxima vez nossos caminhos se cruzem.
De qualquer modo, escrevi sobre uma rã que encontrei no jardim, com uma das pernas presa numa cerca de arame. Não podia se soltar. Eu tirei a perna dela da cerca, mas mesmo assim ela não podia se mover. Por isso eu peguei ela no colo e conversei com ela. Disse que eu também estava preso, que minha vida tinha ficado presa em alguma coisa. Conversei com ela durante um longo tempo. Finalmente, a rã saltou do meu colo e saiu saltando pela grama afora, e desapareceu num matagal. E eu disse a mim mesmo que ela era a primeira coisa de que eu já sentira saudade em minha vida. Charles Bukowski.
Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começar a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência de ”embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito. Caio Fernando de Abreu.
Uma hora a gente tem que olhar nos olhos dos medos. E andar pra frente. Sem atalho, sem muleta, sem abrigo. Porque a vida é o que acontece no intervalo dos nossos medos. Eles nos petrificam, nos transformam em múmias. É só quando a gente acorda, anda, se mexe, manda eles embora que a vida de fato surge pelos buracos da fechadura. Clarissa Corrêa
Não acredito em almas gêmeas ou frutas pela metade, mas eu acho que a gente se pertence, de alguma forma. Eu sou dele, sempre vou ser, mesmo que me apaixone ou sinta tesão por outra pessoa. Não me importo que nesse meio tempo ele conheça outra garota, desde que não transe com ela. Sabe, eu amo ele, de verdade. Que bobagem que eu fiz. Não quero dar tempo nenhum. Olha, sei que pedi pra você passar na noite aqui, mas eu preciso ligar, saber como ele está. Você não vai me achar uma idiota? Então é isso que eu vou fazer. Gabito Nunes.
Sempre tem alguém, que vem, para alegrar o dia da gente. Tayane Alves
Ele me olhou sorrindo. E foi nesse momento que percebi que queria passar o resto da minha vida admirando aquele sorriso. Tayane Alves
Talvez você não acredite, mas há pessoas que passam a vida sem o menor atrito ou agonia. Eles se vestem bem, comem bem, dormem bem, estão satisfeitos com a vida em família. Eles têm momentos de melancolia. Mas, no geral, não são incomodados e, frequentemente, sentem-se muito bem quando morrem. É uma morte fácil. Geralmente, dormem. Talvez você não acredite, porém essas pessoas existem. Mas eu não sou uma delas. Ah não, eu não sou uma delas. Eu nem chego perto de ser uma delas. Mas elas estão lá e eu estou cá! Charles Bukowski.
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