segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Só que agora era totalmente delicada a situação. Agora ela mentia para si mesma dizendo que estava tudo bem e que ele a amava. Cansou de ser iludida pelas pessoas, e começou a se iludir. Começou a reconhecer a mentira como sua amiga, e se acostumou com seus dias normais e chatos, mas agora falsos. Começou com simples sorrisos, com simples gestos, com simples palavras e agora termina com o coração enganado. Pudia ser que ali, ela tinha visto seu fim. Colocava a mão em seu coração ao escrever seus sentimentos em folhas rasgadas ou em pedaços em branco que sobrou de sua prova bimestral. Sentia um perto incontrolável, e no meio de lágrimas encontrou nada mais nada menos do que medo. Medo de mais uma vez ser esquecida e magoada. Chorava, e não tinha previsão de parar até que aquela dor saísse de dentro de si. Pensava no amanhã e infelizmente não conseguia ver algo bom nisso. Mais medo ficou. Abaixou-se e gemeu baixinho, com medo de ouvi-la. Mas quem ouviria ela? Estava sozinha. […] Seu coração. Ele não podia ter motivos de fraqueza. Não ali, não agora. E qual era seu problema? -Perguntavam todos. Não, não era falta de amor. Por favor, não se engane. Era amor demais, era amar demais. Era se preocupar demais.Maldito demais. […] Mas o amor a machucava demais, vivia em seu vício. Tentou de outras formas achar o remédio, e não, até hoje não achou. Pode ser que agora ela ache. E ache em você. Ache em quem ela deveria a muito tempo achar, mas por medo guardou-se para mais tarde. Era fraca demais para querer enxergar sua vida sem você. Era boba demais. Precisa de ti como você não precisava dela. Fez loucuras, se jogou de lugares altos demais. Lugares em seu mudo. Mergulhou no mar de decepções, correu lado a lado com o medo mas mesmo assim sorria. Podia não sorrir por dentro. Mas se tornava forte por fora, só com aquele sorriso. Podia ser feio, falso e pouco para ou outros. Mas era o máximo que podia dar naquele exato momento. Chorava para si mesma. Não conseguia de maneira alguma esconder suas mágoas de si própria. Tentava, e como de costume em sua vida, fracassava. Tentava pelo menos. Tentava. Só que tentar não é o mesmo que conseguir. Mas mesmo assim, ela tocava a vida da pior forma possível, mentindo. Esperava você. Precisa se você. E até que você esteja ao lado dela para as coisas funcionarem e simplesmente voltarem ao lugar ela sorria e orava todas as noites por ti. Por existir um vocês. Ou quer saber? Um nós

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