quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

boidemamao:
“E pensar que um dia pensei que tudo acabaria como nos contos de fadas, em uma enorme festa, todos presentes, sorrisos para todos os cantos e do nada ia começar a chover confete do céu. E pensar que no passado eu tinha esperanças de um final feliz, de um final tão feliz quanto o começo. Um final que superasse todas aquelas minhas festas de aniversário que acabavam com brigas dos meus primos. Ou melhor do que aquele presente da minha tia, um par de meias. Sempre tive o otimismo que tudo acabaria tão bem quanto o começo. Tenho saudades desse meu lado, do meu lado que via um lado bom em tudo. Quando um cachorro chato da rua quebrou a perna, falei: É bom, agora ele para um pouco de encher todos. Quando a árvore caiu, falei: É bom, agora não fica tudo cheio de folhas. E quando senti dores, falei: É bom falto na aula. A menina que via felicidade em tudo sumiu, correu pro meio do mato e se escondeu por lá. Espero que ela volte, que ela saia de lá bata na porta e peça pra entrar novamente. Espero ansiosamente por ela. Enquanto espero vou vendo tudo pelo seu lado ruim. O cachorro chato da rua quebrou a perna, falei: Ah não, como ele está? Corre risco de morrer? Quando a árvore caiu, falei: Ah não pode ser, já estamos com o meio ambiente totalmente acabado agora essa árvore cai. É o fim. E quando senti dores, falei: Ah, chegou minha hora. Chame todos mãe, não tenho mais tempo pra nada. Diga a todos que comparecer que eu os amo. Queria aquela garotinha novamente, queria que ela voltasse pra cá, queria que ela me fizesse companhia durante os dias de desanimação, queria que ela voltasse e estabelecesse moradia aqui comigo. E ai menina, não quer voltar pra cá? Aqui é quentinho, tem tudo do que mais gosta. Passa aquele teu desenho favorito na tv, tem todas as suas comidas preferidas, tem tudo que sempre sonhou. Vem menina, volta pra cá, vem. Te espero e vê se não demora.”
Isabela Bastos, noitesemparis

“E pensar que um dia pensei que tudo acabaria como nos contos de fadas, em uma enorme festa, todos presentes, sorrisos para todos os cantos e do nada ia começar a chover confete do céu. E pensar que no passado eu tinha esperanças de um final feliz, de um final tão feliz quanto o começo. Um final que superasse todas aquelas minhas festas de aniversário que acabavam com brigas dos meus primos. Ou melhor do que aquele presente da minha tia, um par de meias. Sempre tive o otimismo que tudo acabaria tão bem quanto o começo. Tenho saudades desse meu lado, do meu lado que via um lado bom em tudo. Quando um cachorro chato da rua quebrou a perna, falei: É bom, agora ele para um pouco de encher todos. Quando a árvore caiu, falei: É bom, agora não fica tudo cheio de folhas. E quando senti dores, falei: É bom falto na aula. A menina que via felicidade em tudo sumiu, correu pro meio do mato e se escondeu por lá. Espero que ela volte, que ela saia de lá bata na porta e peça pra entrar novamente. Espero ansiosamente por ela. Enquanto espero vou vendo tudo pelo seu lado ruim. O cachorro chato da rua quebrou a perna, falei: Ah não, como ele está? Corre risco de morrer? Quando a árvore caiu, falei: Ah não pode ser, já estamos com o meio ambiente totalmente acabado agora essa árvore cai. É o fim. E quando senti dores, falei: Ah, chegou minha hora. Chame todos mãe, não tenho mais tempo pra nada. Diga a todos que comparecer que eu os amo. Queria aquela garotinha novamente, queria que ela voltasse pra cá, queria que ela me fizesse companhia durante os dias de desanimação, queria que ela voltasse e estabelecesse moradia aqui comigo. E ai menina, não quer voltar pra cá? Aqui é quentinho, tem tudo do que mais gosta. Passa aquele teu desenho favorito na tv, tem todas as suas comidas preferidas, tem tudo que sempre sonhou. Vem menina, volta pra cá, vem. Te espero e vê se não demora.”

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