quinta-feira, 29 de março de 2012

Sempre é difícil falar sobre o coração, talvez por culpa da inexperiência de controla-lo. Não entendo muito o porque de responsabilizar o coração pelos paixões não correspondidas, ou por qualquer sentimento mal resolvido. Mas pensando bem talvez seja pela responsabilidade que ele tem por manter nossa vida assim como a maioria dos sentimentos que nos matem firmes. Se pararmos para pensar existem tantas possibilidades de culpar o coração pelos sentimentos, que causa alopecia com tantas proporções de comparação. Talvez ele não seja o órgão padrão responsável por tudo, mas ele pode ser considerado um tanto culpado, posso dizer até que muito.  Que sentido teria viver sem poder sentir? As coisas seriam desgovernadas sem sentimentos. Assim como ficariam tortas se não existisse divisão entre bem e mal. Será que daríamos tanto valor ao sorriso se não existisse tristeza ? E o coração torna as coisas mais fáceis para ser julgadas. Nada como descontar um sentimento em si mesmo, do que magoar os outros, culpar o coração pelos erros é um alivio para alguns, e mais que comum. Tão complicado falar sobre coração, porque assim que pensamos nele, lembramos de amor, e quem nunca se decepcionou com amor…  Amar… Quem não pensa em amor quando falam de coração? Difícil, improvável, e falar de amor é como colocar para fora uma coisa que só pode existir dentro, é um descontrole total…
As vezes me pergunto como um órgão tão pequenino consegue guardar tantos sentimentos, tantas dores, tantas angústias. Nunca chego a uma resposta concreta. Talvez não tenha uma. Não tenho certeza dos sentimentos que estão guardados em meu coração. Tristeza, amor, raiva, angústia. Uma mistura de sentimentos, que só me sufocam. Tenho apenas uma certeza. Estou cansado de sofrer. Meu coração está cansado de sofrer. Está cansado de bater mais rápido ao ver uma pessoa, e logo em seguida quase parar, ao ver que todo sentimento que ele guarda não é correspondido. Falar sobre coração é uma coisa inexplicável. O coração é inexplicável. É um assunto tão complexo que até me embaralho com as palavras. Quem sou eu para falar de coração? De amor? Não sei ao menos controlar o meu coração. E as vezes por não saber controla-lo acabo culpando ele por todas as coisas que acontecem. Por paixões não correspondidas. Por dores. Tristezas.
A porra do coração sempre decepcionando, aquele coração bom e bobo sempre se decepciona, sempre mesmo. O coração calculista e frio nunca se decepciona, as vezes, quando a pessoa faz a cabeça da outra. Eu entendo muito bem sobre coração. Pois se e assim… seja frio e não se importa com certas pessoas, siga seu próprio caminho… As pessoas dizem “Siga seu coração” como eu vou seguir ele se esse meu coração só faz merda e besteira? Queria um coração que prestasse de verdade, que não fizesse essas merdas. Coração, faça  apenas o seu papel, não parar de bater, não estava escrito em nenhum canto que eu ia sofrer desse jeito. Esse meu coração idiota, parece mesmo que gosta de sofrer. Parece aquelas gurias que saem se dando pra todo mundo, ele é assim, se entrega de primeira. Ainda não aprendeu que as pessoas vão pisar nele. Agora ele tá aí, todo machucado, surrado, sem cor, sem vida […] Eu disse não é coração? Pessoas brincaram com você de novo e mesmo depois de tudo você não entende. Eu disse, disse que as pessoas iam brincar com você feito uma marionete e depois vão te jogar no lixo feito resto que não serve pra mais nada. Coração, não lhe cabe mais nenhum curativo, não lhe cabe mais nenhuma mágoa. Faça-me o favor de não sair se dando pra qualquer um, espere um lutar por você. E enquanto isso não acontece, faça somente sua função de bombear sangue. Todos eternamentes gratos

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