segunda-feira, 9 de julho de 2012


De tanto pensar nele, ela o via aonde quer que ela estivesse, nos bares, nas lojas, em seu quarto, no banheiro, lá estava ele Involuntariamente, a moça sorria, pois por alguns instantes, mesmo ciente de que tudo não passava de um sonho, paranoia, ele estava perto dela. Muitos a chamavam de louca, pois se deparavam com uma pessoa que olhava para o nada e sorria, Mas a moça chorava todas as noites, antes de dormir, chorava de saudades, Saudade do abraço que nunca ganhou, do beijo que nunca sentiu, do amor correspondido que nunca teve. O mundo de fantasias e sonhos transformava-se em um mar de espinhos todas as vezes que ela se deparava com a realidade, que é dura e triste. Ele não estava lá, para abraça-la, para beija-la e para dizer a ela o quanto ela era linda e importante para ele e o quanto ele a amava, pois era com isso que ela sonhava todos os dias. Nada disso aparentemente parecia um dia se tornar real, o amor que ela sentia parecia aos poucos consumi-la. A moça, que de dia, aparentemente era feliz, de noite, desabava. No cantinho de sua cama, ela deixava que as lágrimas rolassem, lágrimas amargas que arrastava para fora toda a dor que ela escondia por trás de cada sorriso que ela dava. No escuro de seu quarto, ela se encontrava, algo dentro dela estava de luto, seus sonhos haviam morrido, ela se enegreceu. A moça risonha, de noite, transformava-se em apenas mais umas das vitimas do terrível amor. Ela questionava o porquê de tanto sofrimento, ela olhava para os céus e perguntava para Deus: até quando? O amor transformou-se em doença, e a matava, pouco a pouco. A moça o amava, mas ele, nem do nome dela se lembrava mais.

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