“Não precisava ser assim. Não precisava doer como
dói. Eu não podia apenas sorrir quando me lembrasse de você? Mas
acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro,
do seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático,
como se tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante
a pessoa mais feliz do mundo. Eu sei, é lindo. Mas logo em seguida,
quando penso em quão longe você está sinto-me despedaçar por inteira. E
dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença.” Caio Fernando Abreu.
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