“Você tinha uma pequena cicatriz na mão esquerda.
Era realmente pequena, daquelas que a gente costuma perceber apenas
quando nos mostram. Mas eu percebi, distraidamente enquanto você levava o
copo até a boca, eu percebi. Dei-me conta de que você nunca havia me
contado sobre ela. Quis saber quando foi, quantos anos você tinha, se
sentiu muita dor, se os seus pais saíram desesperados para o médico e se
você ainda sentia algo nela por menor que fosse. Eu fiquei enlouquecida
pela simples história da sua cicatriz na mão esquerda que ninguém
repara. Respirei fundo e comecei a entender que querer muito o outro é
isso, é querer saber os pontos mais mínimos das cicatrizes mais
invisíveis. Há detalhes que só o amor enxerga.” Camila Costa.
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