"Parece absurdo que alguém possa sofrer num dia de
céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que
alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerá menos do que alguém que
for demitido. Onde está o hematoma causado pelo desemprego, onde está a
cicatriz da fome, onde está o gesso imobilizando a dor de um
preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não
existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa. Tenho um
respeito tremendo por quem sofre em silêncio." Martha Medeiros
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