domingo, 14 de abril de 2013


Quem me dera conseguir te esquecer assim como eu esquecia o que minha mãe me pedia pra comprar no mercadinho do seu Jurandir quando eu era criança. Antigamente esquecer era defeito, não privilégio. Antigamente amor era benção, não maldição. Eu já pensei até em ir te procurar no mercadinho pra ver se no caminho eu te esqueço, mas aí eu me lembrei. Se eu te encontrasse lá, eu ia preferir não te esquecer, ia preferir me colocar à venda, só pra ver se você me leva pra casa.

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