Eu tenho vontade de segurar sua mão e isso me assusta. Não, me
apavora. Eu não sei pedir ajuda, eu não quero pedir ajuda, mas quase
desabo em palavras pra você. Isso é errado. A vontade de gritar seu nome
quando estou com medo de mim. E, veja bem, as coisas nunca foram…
Assim. Eu não sei “ser cuidada”. Não sei dizer que preciso de alguém do
meu lado porque nunca precisei. Mentira. É que poucas pessoas entraram
em mim. E as poucas, fizeram estragos, embora seja clichê. Eu não tenho
estomago pra deixar alguém ir embora, nunca tive. Por isso que você me
dá tanto medo. A quantidade de segurança da sua presença faz com que eu
dê dois passos pra trás porque me apavora dar três passos pra frente
suas mãos estarem lá na frende do abismo. E amor, eu já cansei de tentar
construir escadas. Por isso não digo nada. Resisto aos impulsos de
gritar pelo seu nome todos os dias e calo minha boca diante de cada
palavra que escapole pela minha língua que possa te dizer ou não o que
está trancafiado em mim. O problema é que não dá mais pra fugir. Eu sei
que preciso de você. Não, é pior que isso. Eu sei que já deixei os seus
dedos segurarem os meus.
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