segunda-feira, 9 de junho de 2014


Dormi mal, acordei meio sem fome. Isso pra mim é perigoso, pois eu vivo com fome. Sabia que algo não estava bem, só não pensei que estivesse tão triste. Fui tomar banho, sentei no chão, deixei a água quente cair nos meus ombros, abracei as minhas pernas e chorei, chorei, chorei. As lágrimas se misturaram com a água que caía. E eu não me misturava com nada, tentava apenas separar as coisas na minha cabeça. Fui trabalhar quieto, conversando comigo mesmo, vendo que de vez em quando a gente se sente mesmo só. E por mais que a gente tente explicar algo pra uma pessoa, ela só vai entender se quiser, se fizer um esforço. Clarissa Corrêa

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