Fica, eu digo. Me ajuda a matar o tempo até a luz
voltar. Fica e come da minha comida. Pelo menos até a chuva acabar de
cair. Deu agora na televisão que a cidade está debaixo d’água, mandaram
ninguém se mexer. Consegue? Tenta, vai. Empresto uma toalha, uma
camiseta G, um par de meias e a minha boca quente. Você já bateu recorde
de permanência, de toda maneira. Vamos lá, fica, na minha geladeira tem
o resto de um frango de padaria, a gente abre um vinho bom. Juro fazer
rolinhos na sua franja até você pegar no sono. Gabito Nunes
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