sábado, 3 de dezembro de 2011


[…] Observe tal moça, caminhando cansada, seus pés indispostos, ela parecia longe, sua alma parecia ter se desligado. Ela tinha seus olhos fundos, mais algo- um toque a mais- chamava atenção, mesmo com o seu olhar ofuscado, seu sorriso, meio amarelado até, estava ali em seu rosto manchado. Seus cabelos eram de um brilho opaco, sem vida, assim como a moça parecia. Ia caminhando, era sua estrada de encontros, de desejos, de medos, a estrada de sua vida.Caminhando sempre passando direto e sem olhar ás ruas que poderiam a reviver, rua da esperança havia ficado para trás, sonhos e felicidades foram ultrapassados. Sua parada e primeira virada, a rua do medo, do pesadelo em que sua vida havia se tornado, contornando sua esquina, ficando cada vez mais perto da escuridão,gritos e sussurros já a alertavam de que o frio e a escuridão, estavam cada vez mais perto, que seria ainda mais difícil voltar atrás,lutar contra seus medos e ir atrás de tudo que desejava, que no momento era um lugar calmo, um lugar em que poderia apenas descansar esses seus pés cansados de andar sem rumo, e deixar sua mente e corpo dormirem, para quem sabe sonharem. És que chegou ao tal lugar, escuro, de longe silencioso, os gritos chegaram a uma altura que chegava a ser estridente, um lugar sem nome, apenas frio e cheio de almas pedindo por uma libertação… Oh pobre moça, entrou a fundo no tal lugar, um lugar que poderia não ter uma saída, a moça deveria ser forte, e aguentar o que lhe esperava, sem deixar se levar ao medo e deixar com que a escuridão a tomasse por inteira

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