“Eu não vou mais olhar de cinco em cinco segundos para o celular. Nem mesmo irei me preocupar se aquela vadia loira está se aproveitando de você, enquanto não estou olhando. Juro que não vou me importar quando você olhar para aquela morena bunduda, na verdade, posso até dar boas risadas disto. E por mais difícil que seja, eu prometo que não ligarei. Não mandarei aquela mensagem fofinha que eu te mandei semana passada. Não esperarei mais nenhuma sua. E para sua felicidade psicótica, eu irei olhar para o cara mais bonito que passar, e ainda irei comentar… Só para ferir o seu ego. Deixá-te ainda mais apaixonado. Eu não irei usar a roupa mais curta, muito menos a mais comportada. Não entregarei meu corpo para você de cara, mesmo sabendo que você é o certo, mesmo querendo te dar minh’alma. Espontaneidade, malicia, egocentrismo na medida certa. Perfeição da loucura. Serei para você. Não demonstrarei interesse, quando você mais precisar. E me mostrarei o mais interessada possível, quando você estiver prestes a desistir. Você irá se apaixonar… Eu prometo. Mas eu? Eu? Vou só te achar mais um bobo, imaturo, que nunca seria capaz de amar alguém que se entregasse de corpo e alma. Que te ligasse de madrugada para dizer que te ama. Que se despiria com timidez. Que fosse sincera. Então você irá aprender. Vai passar a odiar esse tipo de mulher sedutora, desprendida. E vai fazer a próxima guria bobinha, apaixonada… A guria mais feliz do mundo.”

— Malu Rodrigues