domingo, 30 de junho de 2013

 

Aprendi! Lento e dolorosamente, que ficar acordada durante a madrugada é pior do que ficar acordado durante uma semana inteira. Aprendi que não importa quanto tempo eu fique trancada dentro do meu quarto, o sol vai nascer, vai se pôr, e o mundo não vai mudar nem sequer 1% pelo fato de eu ficar ou não sozinha lá dentro. Dentre as coisas que eu aprendi, aprendi que aprender dói. Também aprendi coisas que eu nem sabia que eu poderia aprender. (Quando alguém apaga uma fogueira, espera que ela nunca mais acenda, mas, é aí que ta, ela esta bem mais fácil de acender quando são só cinzas. O sol é uma estrela anã, ou seja, todas as estrelas que você enxerga no céu à noite são maiores e mais fortes que ele) Foi com isso que eu aprendi, que nem toda intensidade que colocamos nas coisas, é realmente tão intenso assim, que o grande pode ser pequeno, e que o pequeno pode ser enorme. (E tem mais, graças ao seu tamanho e à estrutura do seu corpo, uma formiga pode cair de qualquer altura sem se machucar)Depois aprendi coisas que eu odiei ter aprendido. Aprendi que beber durante uma noite inteira, pode te trazer consequências pelo restante das duas décadas seguintes, aprendi que fumar pode te acalmar por dias, mas, um dia sem fumar pode te levar à loucura. Aprendi que não podemos fixar algo quebrado, mas, podemos nos acostumar com as rachaduras. Aprendi que o inverno pode durar tempo o bastante para deixarmos de acreditar na primavera, e que mesmo com a chegada do sol, a sensação de frio vai continuar. Aprendi que o amor não dura tanto quanto parece, aprendi que quem quer fica, e quem vai geralmente sempre vai achar um motivo para voltar, porém, o orgulho vai impedir que essa pessoa olhe pra trás, e sabe o que é a pior parte? Aprendi que a gente se acostuma com a ausência de alguém ou de algo. Aprendi que é preciso perder para aprender, e que a vida é só aprender. Aprendi que amar não é o suficiente. Que todos têm máscaras que talvez nunca caiam para você, mas, elas vão cair para alguém. Aprendi que quando saímos de casa, nunca mais vamos conseguir voltar a ser como éramos antes de partir. Aprendi que cartas ainda mudam uma vida. Aprendi que uma ligação também pode mudar sua vida inteira, e que uma não ligação, pode acabar com ela. Aprendi que não existe nada mais libertador do que perdoar e ser perdoado, e que o medo nos mantém vivos. Aprendi que algumas músicas podem salvar o teu dia, mas, elas também podem arruinar com a tua semana. Aprendi que a gente se fecha para o mundo, na esperança que alguém bata na nossa porta, e nem sempre temos a intenção de abri-la, é só pra ver se ainda somos necessários ali ou em qualquer lugar, e cá entre nós, as vezes nós não somos. E mais, eu aprendi que ficar sozinho é uma opção, aprendi que “sim, existe uma escolha”, e que as coisas do coração são tão complicadas quanto às da alma, porque não faz sentido aprender se não temos para quem ensinar, não faz sentido viver, se não sabemos como, não faz sentido cair se não souber como levantar. A gente um dia cansa de pedir desculpas, cansa de procurar, cansa de tentar entender, aprendi que a vida cansa. Aprendi que precisamos magoar alguém, para que a gente não se magoe tanto, e que no fundo somos tão vulneráveis quanto açúcar na chuva. Aprendi que depois de dar o primeiro passo, tanto faz se o próximo for para frente ou para trás, a marca da primeira pisada vai ficar no mesmo lugar. E às vezes, a gente vai fazer isso mesmo, colocar pessoas na nossa vida, tentar tirar outras, limpar as coisas, tentar por no lugar, é um pouco sem graça, mas, com o tempo a gente aprende a aprender.

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