[…]Entrei no elevador e subi para ir olhar no berçário. Devia haver
uma centena de recém-nascidos ali, atrás daquele vidro, chorando. Sem
parar. Esse negócio de nascer. E de morrer. Cada um na sua hora. A gente
chega sozinho e vai-se embora do mesmo jeito. E a maioria passa a vida
sem ninguém, assustada e sem entender nada. Uma tristeza indizível tomou
conta de mim. Vendo todas aquelas vidas que teriam que morrer. Que
primeiro se transformariam em ódio, em crime, em nada. Nada na vida e
nada na morte. Charles Bukowski
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