domingo, 9 de junho de 2013

 
“Escrevo porque não posso ter uma metralhadora. Escrevo porque minha alma pede a palavra. Escrevo porque não conseguiria guardar dentro de mim toda fúria ou todo amor. Escrevo porque escuto um grito em todo espaço em branco que avisto. Porque gosto do desenho das letras. Porque posso falar em silêncio. Escrevo como se as palavras aprisionadas criassem uma rebelião dentro da minha cabeça. Como se uma chuva constante de pensamentos inundasse cada caminho entre os miolos do meu cérebro. Como se precisasse da atenção do mundo o tempo inteiro, mesmo contando com a hipótese de que ninguém vá ler. Escrevo porque não posso mudar tudo que não concordo. Escrevo porque existem momentos em que preferia não existir. Escrevo porque minha palavra pode curar ou pode ferir. Simplesmente escrevo porque a escrita detém meu poder. Escrevo com o coração em pedaços. Escrevo quando minha alma brilha. Escrevo quando tenho desejo de morte. Escrevo porque me faz viver.” Tico Santa Cruz

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