Me sinto livre, sem medo de morrer. Da última vez em que fui para a
clínica, vi a cara da morte, entrei nela e saí, não sei como. É claro
que eu não quero morrer, mas também não quero sofrer. Já pensei em
suicídio, mas agora isso nem me passa pela cabeça. Falei com meu médico:
se alguma coisa acontecer comigo, eu não quero ver. Que ele me dê
morfina, muita morfina, porque eu quero ir embora dormindo. Estou pronto
para assinar um papel nesse sentido. Mas não vai ser preciso. Tenho
certeza de que vou viver muito tempo ainda. Minha cabeça comanda tudo.
Já perdi a oportunidade de morrer, passou a minha vez”. Cazuza em depoimento de 1989.
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