Mas, quanta gente ainda vai precisar morrer pra gente
aprender a reagir? Pra gente se tocar que, não, as coisas não acontecem
só com os outros? Que dirigir quase embriagado também dá morte? Que
“fazer acordo” para ganhar seguro-desemprego e furar a fila do pão
também são exemplos de corrupção? Quantos estádios modernos de futebol a
gente ainda vai erguer para esquecer que tem gente morrendo na fila de
um hospital grotesco? Se o seu apêndice estourar no meio da Copa, amigo,
imagina a festa. Eu acho que nossa cara já está dormente de tanto
apanhar. Tanto que a gente quase não sente mais nada, nem por nós
mesmos, que dirá pelos outros.
Gabito Nunes
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