segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Senti o doce de seus beijos pela última vez. Nossos lábios tocaram-se pela última vez e quando tu distanciou-se da minha boca, fechei meus olhos. Uma solitária lágrima escorreu por meu rosto e eu sequei-a com a manga de meu moletom. Quando abri meus olhos eu não via ninguém. Na verdade, eu via muita gente, mas elas não tinham significado algum para mim. Você tinha sumido em meio aquela multidão que estava abrigada no centro da cidade. Por que teve de ir assim, tão inesperadamente? Quem irá esquentar-me nos dias frios, quem irá assistir os romances mais bobos comigo de madrugada devorando um pote de sorvete? Quem irá me fazer tão bem como você fez? Ninguém. Disso, tenho certeza. Confesso que fui atrás de você, mas você realmente havia sumido. Perdi minhas forças e sentei-me no primeiro banco que vi. Era como se meu mundo desabasse enquanto todas as outras pessoas andavam gargalhando ao meu lado. É, tive de aceitar que você se foi. Ontem eu juro ter sentido teus lábios nos meus mais uma vez. Bobeira a minha, era somente mais um, das dezenas de sonhos que venho tendo com nós dois. Ah meu amor, por que fostes e deixaste-me aqui, sem um pedaço do meu coração?

Arthur Macedo 

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