quinta-feira, 24 de maio de 2012

“Ah, por favor! Não me obrigue a cantar tão alto, não me obrigue a correr tão rápido, não venha me ensinar como varrer meus cantos se mal conhece a poeira de casa. Poupa o esforço da minha garganta de dizer tantas coisas que nem sei. Pare de roubar minha sorte, não solte minha mão enquanto eu caio, me dê o primeiro pedaço de bolo. Abre mais as janelas, deixa entrar um pouco de sol, não vou mais guardar estrelas em potes de geléia. A noite está morando no meu quarto agora, dividindo a cama comigo, deixando tudo lento e preguiçoso. Ah, por favor! Chegue logo e deite do meu lado enquanto durmo. Beije a ponta do meu nariz, encaixa teu abraço no meu pescoço e me acorda logo desse sonho estranho. Me dá teu sim.”
— O relógio tá girando ao contrário mas o tempo continua passando pra frente

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