— Nada de café?
— Não gosto de café.
— E tem algo de que a senhorita goste? — Ele pergunta, seus olhos doces e
maliciosos pairando sobre os meus. Eu olho incapaz de me expressar. Por
alguns instantes, que me pareceram horas, minha voz some em algum lugar
da minha garganta. O chão parecia mover-se sob as minhas pernas bambas.
Engoli em seco. Ele só te fez uma pergunta qualquer, sua burra, meu
subconsciente grita, tremendo as paredes do meu cérebro.
— Livros — eu respondo, firme, dura, mas por dentro, sussurro, para ele não ouvir: Você! Eu gosto de você. 50 Tons de Cinza.
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