sábado, 25 de fevereiro de 2012

23:23hrs.
- Alô?
- Não fala nada, só me escuta, por favor. Ao menos uma vez, fica quieto e ouve tudo o que eu tenho pra dizer. Eu sei que nós dois nunca demos certo, e é difícil aceitar isso mas, nós nunca vamos dar. Sei que te ligar à noite é clichê demais, e falar todas essas baboseiras de que vamos ficar juntos para sempre já encheu o saco de muita gente. Mas eu preciso de atenção, da sua atenção. Você provavelmente está se arrumando pra sair com teus amigos, ou ir no cinema com aquela loira oxigenada que vi contigo outro dia. Você deve estar prestes a ir se divertir, e eu deveria estar fazendo a mesma coisa. Mas eu não consigo, não aprisionando tudo isso que tô sentindo. Eu não paro de me perguntar, você se sente como eu me sinto? Tá doendo em você como tá doendo em mim? Me diz se tu conseguiu seguir em frente sem mim, tão rápido assim. Só me diz isso. Porque pra mim não tá nada fácil seguir em frente. Talvez seja por medo de encarar a realidade, e perceber que aquele espacinho entre nós se tornou um grande abismo. Ou talvez seja por pura vergonha e orgulho, por admitir que sinto isso. Essa coisa, eu não sei o que é, mas tá mexendo muito comigo; tá me fazendo chorar por você, me importar mais com você do que comigo mesma, me faz pensar em você o tempo todo e me dá ciúmes de você. Droga, porque eu tô chorando? Porquê eu tô com esse medo de que tu nunca mais fale comigo? Porquê eu tô com toda essa dependência? Eu tô perdida, e é tudo culpa sua. Sempre foi sua culpa. Você chegou do nada e me fez perder a razão. A verdade é que tu me destruiu. Da maneira mais simples, olhou para outra. Me abandonou, me trocou. Aliás, por falar nela, fala de uma vez. Joga na minha cara que ela foi e sempre será melhor que eu. Que a voz dela é doce, mansa e seus gestos são salpicados com açúcar. Me humilha. Faz qualquer coisa, qualquer merda, mas não deixa do jeito que está. Porque enquanto estiver assim eu vou continuar acreditando em nós dois. Se você tivesse uma noção mínima do sentimento que eu tenho por ti…Tu me ganhou, tu me teve nas mãos e me destruiu. E ainda assim, eu continuei te querendo. Te desejando, e te precisando. Eu me doei pra você. E em troca, o que eu recebi? Tu me prometeu tanto, jurou tanto e desperdiçou palavras sem quaisquer veracidade. Você é bem parecido com o mocinho protagonista dos filmes. Age de forma impulsiva, e no começo não dá a mínima pra nada. Mas depois ele se apaixona. Mas o mocinho foi atrás da mocinha nos filmes e bom… Você não foi.

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