terça-feira, 13 de março de 2012

Ela, iria terminar o terceiro ano do ensino médio neste ano. Ele, um vagabundo, não fazia nada da vida, não estudava nem trabalhava. Enquanto ela chegava da escola, ele estava na rua caçando seu emprego pra ver se arranjaria um dinheiro no final do mês. Ela morava do outro lado da cidade, ele morava num bairro de classe media/baixa. Ele a fazia sorrir todos os dias, perguntava como foi o dia dela, se ela estava bem e se estava feliz, ela fazia o mesmo, até mesmo sem perceber. Ele tinha um sério problema com inferioridade, jurava que ela iria trocar ele por qualquer pessoa que aparecesse pra ela dizendo que a ama. Ela tentava fazê-lo acreditar que nenhum homem seria capaz de fazê-la mudar de ideia, ela queria ele. Ele sabia que ela era especial, cada palavra, cada toque, a cada beijo que ela dava nele era diferente, como se algo nela, ao tocar nele, o fizesse uma pessoa melhor. Ela confiou nele cegamente, ele não a magoou, não a deixou chateada, e sempre se mostrava forte pra ela. O mundo dele aos poucos foi desabando, problemas que ele não contava a ela pra não a preocupar, mas ainda sim ele se mantinha sorrindo pra ela, forte como uma rocha e sem desabar diante dela. Ele não aguentou por muito tempo, ela assustada com os problemas dele o ajudou. Ele sabia dali em diante que seria ela, que seria ela que ele queria pra toda a vida, como amiga, mulher, esposa. Queria ela com qualquer substantivo, desde que o pronome “minha” estivesse antes.

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