sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Três primaveras. Normalmente romances de verão são os mais belos, talvez o calor aqueça aqueles corações que não esperam pelo amor, que são fisgados pela paixão de uma férias de verão, onde vão ir embora deixando apenas mais uma linda história de amor escrita em um livro qualquer de um romance clichê, todo sonham com um amor de verão, ao menos eu sonhei, eu esperei, esperei inúmeros verões inacabáveis, mas nunca era o momento, ao menos ainda não. Tudo que tive de meu amado foram três primaveras floridas, entre outonos belíssimos, invernos congelantes, verões escaldantes. Não fora necessário um romance de verão, fora preciso apenas ele, ele apareceu, apareceu-me com flores simbolizando que aquela primavera seria nossa, ousava soar de sua voz que um dia ele partiria, ousava de mim apaixonar-me perdidamente por aquele homem sem rumo, um nômade poético do qual fazia-me perder o chão. Caminhando confiante sobre as nuvens cor-de-rosa do amor, como uma criança dando seus primeiro passos, como uma criança necessita de um adulto para segurar tua mão firme para não cair. Mas eu me deixei guiar, e por um breve momento pensei que aquela primavera não teria fim, porém na última primavera, no nosso ponto final, as flores se congelaram em um inverno rigoroso, o vento soprou gelado a congelar teus sentimentos, queria eu ter sido tocada por esta brisa. Você partiu como disse, queria naquele momento que tu fostes um homem que não tivesse palavra, que todas aquelas tentativas de me avisar que o amor não poderia ser eterno fossem jogadas ao vento, pedi aos céus que tu fostes um autor que apenas quisesse fazer brincadeiras de mau gosto com meu coração, mas a sinceridade tomara conta de teu coração. Confesso que a cegueira havia tomado conta de mim. Mas ele partiu, mas o amor permaneceu em mim, não foi necessário o verão foi quando me toquei que não necessitava de uma estação, era apenas amor, amor de verão, outono, inverno ou primavera, não importara naquele momento eras apenas amor, o agridoce e temperamental amor, a veracidade do sentimento mais conturbador de nossos corações. Ainda vivo em constante primavera, ainda vivo totalmente entregue a esse amor, a esse amor por ti, ao nosso romance de primavera

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