Eu criei um mundo só nosso. Era pra onde eu sempre corria quando aqui fora as coisas pioravam. Era nesse mundo que eu sentia o que era ser amada. O que era ter alguém pra não te deixar sozinha, e etc. Era meu refúgio. Nada e nem ninguém podia me impedir de nada, porque eu tinha você. Com você do meu lado o mundo parecia ser pouco pra me impedir de fazer alguma coisa, pra você ter uma ideia de como você me fazia sentir-me forte… Bom, o tempo passou. Bendito tempo, teve que passar. E depois de alguns dias o mundo que eu tinha construído não era mais o mesmo, faltava alguma coisa, faltava alguém… Faltava você. Você tinha sumido, desaparecido, assim… num passe de mágica. Foi a coisa mais terrível com qual eu tive que me dar até hoje. Um buraco imenso formou-se no meio de um lugar que era nosso, e quando fui perceber eu mesma já tinha caído dentro daquele buraco. E afundei, cada vez mais. Sempre te sentindo a cada segundo a milhares de quilômetros longe de mim. E num piscar de olhos o “nosso” mundo tinha desaparecido também. Aos poucos fui sentindo a dor do tombo que foi cair na realidade. E descobri, que não era apenas o mundo que eu tinha construído, não era apenas ele que era “imaginário”. Você também era… Eu tive que levantar e seguir com a sensação de ter sido uma idiota, te der sido infantil a ponto de achar que alguém que eu achava que existisse pudesse me amar de verdade. Doeu, mas eu me conformei. Você nunca existiu […]