Incompreendida, imprópria e insana… Me sinto assim. Como se abaixo de mim um buraco tivesse sido aberto, como se ao passar dos segundos esse buraco tivesse me engolindo de pouco em pouco. Como se meu desespero não fosse aterrorizante o suficiente pra chamar a atenção de alguém que tenha a intenção de me ajudar. Abandonada, esquecida, solitária… Me sinto assim também. Afinal parece que metade do mundo fechou os olhos pra mim. E a cada batida do ponteiro do relógio eu sinto cada pedacinho frágil de mim se concretizar, se fortalecer. E dói… É como se fosse um tipo de processo torturante que tivesse fazendo fechar cada espaço que meu coração possuísse. Cada espaço que no fim acaba fazendo alguém entrar pra fazer o tão conhecido estrago […] Agora já me sinto morta. Consigo sentir tudo o que há a minha volta, mas por dentro parece que um cemitério foi construído no lugar daquele jardim de flores. Parece que todos os sentimentos que haviam ali, morreram. Literalmente acabaram-se, esgotaram-se. E eu já não sou mais a mesma, pois algo dentro de mim morreu… A vontade de acreditar, e principalmente: o amor.