quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Aquela menina tola, de olhos com brilho apaixonado, que nunca passara pela situação de ter o coração quebrado, que nunca correu atrás, e que, acima de tudo, acreditava no amor, de repente deu conta de que sofria […] Já estava feito, aliás desfeito. Aquele sentimento novo e inesperado estava a derreter e escorria pelos dedos, pelos olhos. Vazando em soluços, umedecendo o travesseiro. Tirando seu sono. Uma dor, uma insegurança inexplicável sufocavam-a. Tudo aquilo que havia construído com o tempo, toda aquela confiança e força estava a desabar e nenhum esforço seguraria. Pra que sentir? Pensava aquela mesma menina inocente que antes vivia vazia, mas feliz […] Optou então pela frieza […] E foi afastando. Amigos, parentes, todos. Tudo pelo sentimento mais confuso do mundo. O amor que antes era uma coisa maravilhosa se tornou um campo gelado, de sentimentos vazios, sem pessoas para sorrir ou chorar. Sua queda era evidente. Não era mais a mesma, por dentro ou por fora. Quando se deu conta estava sozinha. Era o melhor? Não. Mas era mais fácil.

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